Governador do DF demite o bolsonarista Anderson Torres por conivência com os vândalos

Anderson Torres foi ministro da Justiça de Bolsonaro. Foto: Divulgação - MJSP

O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), determinou a exoneração do secretário de Segurança Pública, Anderson Torres, depois da insuficiente proteção das forças de segurança do DF ao Congresso Nacional, ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao Palácio do Planalto para conter os criminosos bolsonaristas.

“Determinei a exoneração do Secretário de Segurança DF, ao mesmo tempo em que coloquei todo o efetivo das forças de segurança nas ruas, com determinação de prender e punir os responsáveis”, publicou Ibaneis em suas redes sociais.

O governador chamou as invasões de “baderna antidemocrática”.

Anderson Torres é aliado de primeira hora de Jair Bolsonaro, tendo sido seu ministro da Justiça. No governo, Torres agiu em diversos casos para acobertar crimes de Bolsonaro.

Mesmo assim, foi indicado para a Secretaria de Segurança Pública por Ibaneis.

Torres está, neste momento, nos Estados Unidos. Segundo uma fonte ouvida pelo Estadão, ele foi para a Flórida para se reunir com Jair Bolsonaro, o que indica uma ação conjunta para permitir a invasão golpista dos prédios.

Bolsonaro fugiu para os Estados Unidos no dia 31 de dezembro para não passar a faixa presidencial para Lula.

Os bolsonaristas estavam mobilizando uma passeata em Brasília pelas redes sociais, onde já falavam sobre invadir o Congresso, o Supremo e o Palácio.

Diante da ameaça, Anderson Torres não ordenou nenhum reforço nos bloqueios que impedia a passagem dos bolsonaristas em direção a seu alvo.

Com facilidade, os golpistas romperam o bloqueio policial e chegaram aos prédios públicos.

Gravações mostram policiais do DF parados e tirando fotos, enquanto o prédio do Congresso Nacional era tomado pelos terroristas. Somente por volta das 17 h a polícia chegou em maior número para dispersar os criminosos.

O ministro da Justiça, Flávio Dino, informou que está na sede do Ministério para garantir a ação das forças de segurança em defesa da democracia.

“Essa absurda tentativa de impor a vontade pela força não vai prevalecer. O Governo do Distrito Federal afirma que haverá reforços. E as forças de que dispomos estão agindo. Estou na sede do Ministério da Justiça”, publicou em suas redes sociais.

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