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O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) desmentiu os boatos sobre maus-tratos e violência a que estariam submetidos os bolsonaristas golpistas presos no domingo (8) e na segunda-feira (9), após participarem da invasão e depredação nas instalações das sedes dos Três Poderes em Brasília.
Segundo um relatório do Núcleo de Controle e Fiscalização do Sistema Prisional (Nupri) do Ministério Público, não foram identificadas qualquer arbitrariedade no tratamento dispensado aos presos detidos provisoriamente na Academia Nacional de Polícia Federal.
Para os representantes do Ministério Público, as condições verificadas no local em nada lembram as declarações mentirosas de bolsonaristas, segundo as quais os presos estariam sendo torturados, maltratados e confinados em um “campo de concentração”.
Conforme o relatório, os presos estavam de posse de seus pertences pessoais, inclusive telefone celular, recebiam atendimento jurídico, religioso e médico, com ambulâncias e hospital de campanha, além de quatro refeições ao longo do dia. Também podiam circular livremente pela área a eles reservada e acampar em suas próprias barracas.
Após os atos terroristas de domingo, uma série de fake news de maus-tratos começou a ser espalhada nas redes bolsonaristas. Em clima de alarme, os propagadores destas fake news difundiram que até oito pessoas chegaram a morrer em decorrência das condições da prisão.
Fotos falsas circularam como sendo de duas idosas que teriam morrido presas. Uma delas está viva e não tem qualquer ligação com os atos de domingo, e a outra faleceu em outubro do ano passado. A senhora de mais de 80 anos teve sua foto roubada de um banco de imagens.
Bolsonaristas sendo bolsonaristas.
A visita dos enviados pelo Ministério Público ocorreu na manhã da terça-feira (10), quando 560 pessoas já haviam sido identificadas e liberadas, entre idosos, portadores de comorbidades graves e mulheres acompanhadas de crianças.
Ao todo, passaram pela Academia Nacional de Polícia Federal cerca de 1.500 pessoas, entre as presas no domingo durante os ataques ao Congresso, ao Supremo Tribunal Federal e ao Palácio do Planalto, além das que estavam acampadas em frente ao QG do Exército.
Os detidos foram levados provisoriamente para o local, onde permaneceram até o início da manhã da quarta (11). Após passarem por um processo de triagem, foram transferidos para as penitenciárias da Papuda (homens) e da Colmeia (Mulheres), também em Brasília.