Governo dispensou 55 pessoas que estavam na guarda presidencial ou do Palácio da Alvorada. “A troca dos assessores, que são cargos comissionados, está ocorrendo em todos os ministérios, independente de serem militares ou civis”, explicou ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa
O presidente Lula está dando continuidade à reformulação do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e exonerou mais 15 pessoas que foram indicados por Augusto Heleno, um dos mais auxiliares mais retrógrados e golpistas do antigo governo.
Ao todo, foram dispensados 55 militares que estavam na Guarda Presidencial ou do Palácio da Alvorada. Eles serão transferidos para outras funções nas Forças Armadas.
Da nova leva, seis dos exonerados eram da Secretaria de Segurança e Coordenação Presidencial, sendo um o coordenador e cinco assistentes e supervisores.
O ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, vê com naturalidade as trocas de nomes indicados por Jair Bolsonaro, especialmente em cargos de “extrema confiança”, uma vez que “o governo que saiu tem pouca ou nenhuma sintonia com o governo que entrou”.
“O pensamento em todas as áreas [é] muito diferente, portanto, nós não poderíamos conviver com os mesmos assessores. O governo mudou, inclusive, do ponto de vista da relação com a imprensa, com a sociedade, da transparência”.
“A troca dos assessores, que são cargos comissionados, está ocorrendo em todos os ministérios, independente de serem militares ou civis”, explicou.
“Se mudou a filosofia e o conteúdo, tem que estar implementando isso”, continuou. Rui Costa falou que os servidores que foram exonerados estavam “implementando outro estilo e jeito de governar que não é o nosso”.
O ministro disse, ainda, que o novo governo está estudando uma reforma no modelo de segurança do presidente da República, aproximando a Polícia Federal e afastando o GSI.
O novo chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) é o general da reserva do Exército, Marco Edson Gonçalves Dias. O Gabinete, além de cuidar da segurança presidencial, chefia a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e outros órgãos relacionados à segurança nacional.
No governo Bolsonaro, quem chefiava o GSI e indicava seus funcionários era Augusto Heleno, que já fez ameaças ao Supremo Tribunal Federal (STF) e à democracia.
Heleno interpreta, de forma equivocada e desonesta, que o artigo 142 da Constituição dá às Forças Armadas o poder de promover um golpe de estado.
Depois das eleições presidenciais, vencidas por Lula por uma diferença de 2 milhões de votos, Augusto Heleno deu força aos atos dos que se recusam a reconhecer o resultado.
“Estou dentro de um contexto onde muitos não reconhecem o resultado eleitoral, e estamos esperando a solução para algumas coisas que foram pleiteadas pelas Forças Armadas e ignoradas pelo TSE [Tribunal Superior Eleitoral] e pelo próprio STF”, disse o golpista.
No entanto, as próprias Forças Armadas fizeram parte da fiscalização das eleições e não apontaram nenhum indício de fraude.
Para os golpista a lei com todo seu rigor. A constituição acima de todos e a verdade acima de tudo. Viva a democracia e os democratas. Que as autoridades do bem não se curvem aos golpistas de plantão.
Lula deve dar uma ordem unida ás ffaa, e colocar os oficiais superiores insurretos no seu devido lugar.