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O ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro, Anderson Torres, foi alvo de uma operação do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) na sexta-feira (24), que encontrou aves criadas irregularmente em sua residência, em Brasília.
Agentes do órgão encontraram gaiolas com 60 pássaros silvestres criados ilegalmente na residência do bolsonarista.
Segundo o novo presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, foram encontradas informações inconsistentes nos registros dos animais no Sispass (Sistema de Controle e Monitoramento da Atividade de Criação Amadora de Pássaros).
Os pássaros teriam sido transferidos para a mãe de Torres, mas o endereço do criadouro não foi alterado. Além disso, eles teriam ultrapassado o limite de transferência de animais para criadores amadores. Ainda de acordo com o órgão, uma das aves estava com uma das patas mutilada.
A equipe de fiscalização aplicou uma multa e determinou que sejam apresentadas informações adicionais sobre as aves.
Torres está preso desde 14 de janeiro, por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Ele é investigado por envolvimento nos atos golpistas cometidos por bolsonaristas radicais, no dia 8 de janeiro, que pretendiam criar as condições para uma intervenção militar contra o estado democrático e causaram depredação no Congresso Nacional, Palácio do Planalto e STF. Na época, ele era o titular da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal.
Investigações conduzidas pela Polícia Federal também encontraram na casa do ex-secretário uma minuta de decreto para que o então presidente Jair Bolsonaro decretasse Estado de Defesa na sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O objetivo do documento seria mudar o resultado da eleição presidencial.
Ao decretar a prisão de Torres, Alexandre de Moraes disse ter visto indícios de “descaso e conivência com qualquer planejamento que garantisse a segurança e a ordem no Distrito Federal”.