
Nesta terça-feira (12), servidores públicos federais definiram um calendário de mobilizações pela recomposição salarial do funcionalismo. A reação ocorre após o governo enviar ao Congresso o Projeto da Lei Orçamentária Anual de 2024 sem a garantia de reajuste aos funcionários públicos, mesmo após promessa durante as mesas de negociação permanente entre as entidades e representantes do governo.
Convocada pela Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), a assembleia reuniu representantes de 21 estados e do Distrito Federal e aprovou uma agenda de protestos com um dia nacional de mobilização marcada para o dia 3 de outubro. De acordo com a Confederação, a proposta será também apresentada em plenária conjunta do Fórum dos Servidores, Fonacate e Centrais Sindicais, marcada para sábado (16).
“Apesar de ter reaberto o diálogo permanente com servidores, está longe de atender aos pleitos urgentes do setor público. Além de intensificar a realização de assembleias por local de trabalho para dialogar sobre a Campanha Salarial 2024, a maioria do Executivo aprovou um Dia Nacional de Luta no dia 3 de outubro com foco na recomposição das perdas inflacionárias, a equiparação dos benefícios, reestruturação de carreiras, revogaço, avanço das mesas setoriais, e contra a PEC 32/20, da reforma Administrativa”, disse a Condsef em comunicado. Para a entidade, “o entrave orçamentário reflete uma decisão política que não corresponde ao discurso defendido pelo próprio presidente Lula em sua campanha presidencial.”
“A reconstrução do Estado brasileiro, um dos pilares deste governo, passa necessariamente por investir na recomposição do setor público. Com essa proposta orçamentária enviada ao Congresso Nacional, as promessas de reconstrução do Brasil e reforço da democracia serão impossíveis de serem cumpridas”, destaca a entidade.
Na última reunião da Mesa Nacional de Negociação Permanente (MNNP), o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) afirmou que o governo tem apenas R$ 1,5 bilhão no orçamento da União em 2024 para todas as demandas do funcionalismo, incluindo aumento salarial, benefícios, reestruturação de carreiras. A categoria ressalta que, no universo de 1,2 milhão de servidores, entre ativos, aposentados e pensionistas, com esse aporte apresentado pelo governo uma proposta de recomposição não chegaria nem a 1%.
Em nota unificada à imprensa, a bancada sindical, representada pelas Centrais, Fonasefe e Fonacate, manifestou indignação com a falta de proposta de reajuste do governo. “Em um cenário em que os(as) servidores(as) públicos federais, durante a última década, sofreram perdas salariais agudas, é imperativo que os reajustes recomponham os salários, para que o serviço público seja atrativo para os(as) trabalhadores(as)”, diz a nota.
“A valorização dos(as) servidores(as) públicos e a atenção às suas demandas são essenciais para um serviço público de qualidade e uma sociedade mais justa. No entanto, os dirigentes sindicais compartilham sua indignação diante da proposta de reajuste e da desconsideração das pautas não remuneratórias”, continua a nota.
A nota destaca a necessidade da mobilização do funcionalismo para garantir a recomposição salarial. “Está na hora de irmos para as ruas pressionar, cobrar parlamentares e denunciar à sociedade em geral. Se preciso for, iremos construir a greve geral do funcionalismo público federal e resgatar a dignidade”, conclui a nota.
está uma grande vergohna esses políticos safados . nós temos que se unir e ir a luta pelo nossos direitos urgente estão querendo tirar tudo da gente ..não devemos deixar 🤜🤛🤜🤛🤜🤛
Ao meu ver! A maior desigualdade salarial no serviço público federal, se dar pelo acentuado número de Planos de Cargos e Carreuras e Tabelas Salariais, com muitas vantagens pra uns e poucas vantagens para outros, um exemplo bem claro é a GQ, que o Governo contempla algumas Carreiras e exclue outras, mesmo tendo os requisitos, enquanto os reajustes forem concedidos linear, só aumenta a desigualdade salarias entre as determinadas carreiras. Ocasionado pelas diferenças salarias nas Tabelas, Ex: acho que todo Servidor Agente Administrativo, na mesma Classe salarial e padraõ tivessem pelo memos o mesmo salário base em todas as carreiras, acrescido das Gratificaçoes devidas, e concedio GQ pra todas as carreiras, respeitando os requisitos, o que naõ ocorre hoje, nem toda carreira é contemplada com essa Gratificaçaõ de Qualificaçaõ.
É até engraçado você gastar tanta lábia – e fazer tanto contorcionismo – em torno de uma suposta “desigualdade salarial no serviço público federal”, quando o problema não é esse, nunca foi esse e está longe de ser esse. Não se trata de igualar salários ou carreiras, mas que todo o serviço público está sem aumento há muito tempo, sob aplausos de reacionários os mais cínicos e entranhados. No entanto, como o povo – a população – poderá ter bom atendimento, com poucos funcionários (o Brasil é um dos países que tem menos funcionários em relação ao número de habitantes) e muito mal pagos? O resto, leitor, é tergiversação. Inclusive essa suposta “desigualdade”, que não se sustenta em pé. Se problemas há nesse campo, são fáceis de resolver. O que importa, mesmo, é recuperar o poder aquisitivo dos salários dos servidores públicos federais (e não somente dos federais).
A categoria de funcionário público federal está com os dias marcados para o seu funeral macabro. Essa gente é discriminada perante o funcionalismo dos demais entes governativos, os políticos, quer governo quer parlamento e a sociedade.
A essa mácula se acentua, especialmente, desde a década de nascimento da atual moeda real.
Além dos inúmeros direitos surrupiados previstos no atual estatuto da categoria, vê-se congelamento salarial a longo período seguido de índices de reajustes pífios como o proposto agora pelo atual governo dos trabalhadores cuja oferta é de 1%.
No regime militar, éramos mais respeitados em relacão a salário.
Hoje, esse assunto virou pauta de Estado com argumento de equilíbrio das contas públicas para salvar o país sem levar em consideração o povo e dita categoria que tambem é povo.
Entendemos o seu sentimento e muito do que você diz é verdade. Entretanto, só existe uma hipótese da categoria de funcionário público federal acabar: é se o Estado nacional brasileiro acabar. Mas isso é impossível, enquanto nós, brasileiros, existirmos. Portanto, a luta continua – pela recuperação do Estado nacional e do funcionalismo público, a começar pelo federal.
Nada ideológico, mas os servidores tinham certeza que esse governo aí seria a salvação. Nunca me enganei pq sempre soube que na era PT, sempre fomos derrotados pelo cansaço. Portanto greve é mesmo que nada. Faz o L companheirada.
“Nada ideológico”? Vige! É óbvio que este governo é muito melhor para o país e, inclusive, para os funcionários, do que o anterior. Agora, isso não dispensa a luta dos trabalhadores. Sem isso, não existe “salvação”. Os servidores jamais pensaram que a simples derrota do governo anterior resolvesse os seus problemas. Essa derrota apenas facilita a sua luta, é uma premissa para que essa luta se dê em melhores condições.
Durante todo o desgoverno miliciano-bolsonarista o silêncio dos sindicatos do funcionalismo público foi ensurdecedor. Ninguém falava em greve. Silêncio praticamente completo, no máximo lamurias inconsequentes contra a política destrutiva e antipopular do ministro Posto Ipiranga. Aquele que disse que ia “colocar uma granada no bolso” do funcionalismo público. E agora, que temos um governo lutando para reconstruir o país e a economia devastada pelo neoliberalismo, os sindicatos falam grosso e prometem greve geral. Não contem comigo, não vou agir como quinta coluna da direita.
Você tem, naturalmente, o direito de agir como bem lhe aprouver. Mas não é verdade que os sindicatos do funcionalismo não fizeram nada durante o governo Bolsonaro. Porém, admitamos, para efeito de raciocínio, que isso fosse verdade. Por que deveriam agora, que temos um governo muito melhor, muito mais permeável às demandas populares, permanecer na mesma postura que antes? Obviamente, com o novo governo, multiplicam-se as oportunidades de lutar por uma vida melhor. Por que os funcionários desperdiçariam essas oportunidades? Isso nada tem a ver com “agir como quinta-coluna da direita”.
Mais uma safadeza desse governo do PT. O que eles querem é empregar o maior numero de pessoas ganhando cada uma delas um salario minimo. É a velha politica do gabide de emprego. Pior que ainda tem funcionario publico que defende esse governo corrupto.Muita falta de vergonha na cara desse povo.
Ainda bem que tem funcionário público que defende este governo, pois ele é muito melhor que o anterior. O fato de ter apresentado uma má proposta aos servidores não constitui uma “safadeza”, mas um equívoco da política econômica. Isso nada tem a ver com “cabide de emprego”, nem com reduzir todos os salários ao salário-mínimo (aí mesmo, se isso fosse verdade, é que não haveria “cabide de emprego”; quem quer um “cabide de emprego” com salário-mínimo?).
O meu texto seria assim:
“No atual cenário em que vivem, os(as) servidores(as) públicos federais *sofrem perdas salariais mensais* agudas!
É imperativo que os reajustes recomponham os salários, para que o serviço público seja atrativo para os(as) trabalhadores(as) !
… A culpa desta perda salarial é deste governo cachaceiro e cleptomaníaco de nove dedos.
A última linha do seu comentário tenta colocar – e em termos pejorativos, muito pouco educados, ou seja, em termos bolsonaristas – a culpa da situação dos funcionários, no governo Lula, quando é evidente que foi o governo Bolsonaro o responsável pela atual situação. Cabe ao governo atual “recompor os salários, para que o serviço público seja atrativo para os(as) trabalhadores(as)”.
Antes deste reajuste de 9%, o último reajuste do funcionalismo federal foi em Janeiro de 2017. De lá para cá, o aumento da arrecadação federal foi superior a 50%, a inflação superior a 40% e o governo diz que não há espaço para reajuste. Ora, é o funcionalismo federal que vai pagar o déficit zero?? Mais uma vez?? Se a arrecadação subiu mais de 50%, para onde está indo esse dinheiro???
Rapaz, nos estamos no Brasil, aqui quem tem direito e somente Políticos e Poder Judiciário.O resto são casacos. Pé rachados. Nós não temos barriga, temos bucho, não comemos, bebemos sucos de água para sobreviver.
E mesmo assim existimos. E mesmo assim lutamos. E mesmo assim construímos um grande país. E mesmo assim venceremos.