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Além dos brasileiros, mais 60 pessoas morreram nesse ataque. Eles estavam num prédio residencial que foi totalmente destruído pelas bombas isralenses
Bombas de Israel mataram uma família de brasileiros na noite desta quinta-feira (19) em Gaza, informou a Embaixada do Brasil no país. Hasan Rabee, também brasileiro, que tenta deixar o território, disse que seu primo, a esposa, filhos e netos estavam em prédio atingido por ataque israelense e todos morreram.
“Teve um bombardeio perto da casa deles e o prédio inteiro foi destruído. Era um cidadão do bem, trabalhador, não tem nada a ver com isso. Não sei nem quantas crianças têm de morrer para parar essa guerra e os ataques contra civis aqui na Faixa de Gaza”, disse Hasan. Ele afirmou, ainda, que cerca de 60 pessoas, no total, morreram nesse ataque.
A Embaixada do Brasil na Palestina confirmou a morte da família no bombardeio israelense no norte do território. Todos os integrantes da família assassinada queriam vir com os parentes para o Brasil. O embaixador do Brasil na Palestina, Alessandro Candeas, disse que os parentes não tinham cidadania brasileira.
Na semana passada, o governo israelense pediu à população de todo o norte da Faixa de Gaza, inclusive a Cidade de Gaza, que deixasse suas casas e rumassem ao sul do território. Ao mesmo tempo, a ditadura de Netanyahu despejou bombas na região sul também, indicando que continuaria com o morticínio de civis também no sul, que faz fronteira com o Egito.
Israel está bombardeando hospitais, escolas, igrejas e residências. O número total de mortos em Gaza desde o início da guerra era de 4.137 até a manhã desta sexta. Muitos palestinos relataram não ter para onde ir, já que, pelo atual acordo que está sendo costurado entre os governo egípcio e israelense para a abertura da fronteira, apenas estrangeiros poderão deixar a Faixa de Gaza. O Brasil tentou a criação de corredores humanitários mas os EUA vetaram a proposta brasileira no Conselho de Segurança da ONU.
Rabee vive no Brasil e visitava a família em Gaza quando a guerra estourou. Desde então, já havia dado entrevistas relatando a tensão no território de onde 26 brasileiros tentam sair. Ele chegou a dizer que ficou sem água potável para beber, mas depois recebeu mantimentos da Embaixada brasileira. Centenas de caminhões esperam no lado egípcio com mantimentos para a população de Gaza, mas Israel não permite a entrada.
Ele está no grupo de brasileiros que aguardam pela abertura da fronteira entre o sul de Gaza e o Egito em Khan Younes. Uma outra parte de brasileiros está em Rafah, a cidade fronteiriça e onde ficam os postos de controle. Além dos brasileiros, centenas de outros estrangeiros e milhares de palestinos lotam essas duas cidades à espera de uma resolução nas negociações entre Israel e Egito para a abertura da fronteira.