Os auditores-fiscais da Receita Federal decidiram intensificar a mobilização da categoria – que já está em greve desde 20 de novembro com apenas 30% do efetivo em funcionamento –, com a realização de ato público em Brasília no próximo dia 31, retomada das reuniões setoriais, ampliação da paralisação na Aduana e realização de atos públicos nos portos.
A intensificação do movimento foi definida na última sexta-feira (12) durante reunião do Comando Nacional de Mobilização, Direção do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindifisco) e Conselho de Delegados Sindicais.
Entre as principais reivindicações da categoria estão o reajuste do vencimento básico com a recomposição inflacionária pelo INPC acumulado e o pagamento de pagamento do bônus de eficiência, acordado pelo governo federal desde janeiro de 2016.
Segundo o Sindifisco Nacional, as perdas inflacionárias para os servidores já estão em torno de 37%, e o governo ainda insiste em manter uma proposta de 0% de reajuste salarial em 2024.
O chamado para a adesão massiva da categoria à paralisação, protestos e manifestações também é uma resposta das entidades que representam os servidores, como Unafisco Nacional e Sindifisco, às regras impostas pela administração do órgão para a manutenção do funcionamento de 30% das atividades da Receita Federal durante a greve.
“Precisamos da combinação mobilização forte aliada ao diálogo. O momento não é de retroceder, pois o custo para o governo atender às nossas demandas é muito pequeno”, disse o presidente da Unafisco Nacional, o auditor-fiscal Mauro Silva.
De acordo com o auditor Marcus Dantas, representante do Comando Nacional de Mobilização, “a participação expressiva de Auditores-Fiscais na Assembleia de 4/1, logo no início do ano, demonstra que a categoria não só quer manter a greve como quer aprofundá-la”.
Com o crescimento da mobilização, nos últimos dias os auditores-fiscais da área de inovação tecnológica da Receita Federal também assinaram um manifesto em que expressam a frustração com o tratamento que o governo tem dado aos Auditores e à Receita Federal. Reiterando que também estão em greve, eles afirmam: “permanecem suspensos os desenvolvimentos e as entregas de produtos relacionados às atividades de inovação, sejam eles oriundos de iniciativa local ou nacional, implementações novas ou correções de erros em softwares, scripts ou funcionalidades”.