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A candidatura de Guilherme Boulos (PSol) à Prefeitura de São Paulo, tendo a ex-prefeita Marta Suplicy (PT) como vice, foi oficializada, na tarde deste sábado (20), em convenção partidária com a presença do presidente Lula e o apoio de oito partidos. O evento ocorreu no Expo Center Norte, na Zona Norte de São Paulo.
O candidato Guilherme Boulos afirmou que não quer ser eleito para “sentar na cadeira e ficar assinando papel. Queremos ganhar a Prefeitura para mudar a vida do povo, botar a periferia em primeiro lugar e fazer história em São Paulo”.
Sobre a parceria com Marta Suplicy, que foi prefeita entre 2001 e 2005, Boulos disse que é a “parceria das moradias populares com os CEUs (Centro Educacional Unificado), das cozinhas solidárias com o Bilhete Único, da coragem com a experiência”.
O presidente Lula começou seu discurso pedindo para que os aliados de Boulos, como os ex-prefeitos Marta e Luiza Erundina, se juntassem para uma foto para que os eleitores “compararem quem está com o nosso adversário e quem está conosco”.
Lula falou que “é muito fácil governar São Paulo se for fazer ponte só para favorecer quem tem carro. É fácil se for limpar onde já está limpo. A periferia é que está abandonada”.
“É possível a gente olhar para a periferia, para os meninos e meninas negras, para as mulheres pobres, e dizer que é para vocês que a gente quer governar e fazer as coisas sem medo de ofender ninguém”, continuou.
A vitória de Guilherme Boulos é “a única possibilidade da gente devolver a dignidade para o povo de São Paulo”, disse.
A pesquisa Datafolha mostra que as avaliações positivas e negativas do governo Lula estão empatadas com 34%. Já a avaliação “regular” é de 31%.
O Instituto também demonstrou que 61% dos eleitores rejeitam qualquer nome indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. Já 45% dos eleitores rejeitam um nome apoiado pelo atual presidente.
Marta Suplicy falou que estava emocionada com o evento e que acredita “na nossa união e na nossa frente democrática”.
“É daqui que abandonaremos de vez o ódio que atrapalha nossas vidas. É daqui que trilharmos um caminho de pacificação nacional”, declarou.
A ministra da Ciência e presidente nacional do PCdoB, Luciana Santos, participou da convenção e disse que a vitória de Guilherme Boulos será a “vitória da democracia, da inclusão e do desenvolvimento”.
Luciana apontou que o governo Lula está “reconstruindo essa nação, tocando políticas públicas que estavam abandonadas”, citando a valorização real do salário mínimo e o aumento nos empregos.
Ela ainda destacou a importância da “agenda do desenvolvimento para que o Brasil volte a cumprir seu papel no mundo”.
A ex-prefeita Luiza Erundina, que esteve à frente da cidade entre 1989 e 1993, falou que Boulos “vai governar com o povo” para “botar o poder a serviço da maioria”.
Já Fernando Haddad, ex-prefeito e atual ministro da Fazenda, apontou que “Boulos não representa só a reconstrução do Brasil. Ele representa também o resgate de uma tradição aqui da cidade de São Paulo que começa com a prefeita Erundina”.
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, declarou que “São Paulo tem conhecimento, tem dinheiro e tem tecnologia e deve colocar a serviço de um novo ciclo de prosperidade com democracia, com combate à desigualdade e com sustentabilidade”.
APOIO DE OITO PARTIDOS
A candidatura de Guilherme Boulos e Marta Suplicy tem o apoio do PSol, PT, PCdoB, Rede, PDT, PV, PCB e PMB.
Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT, falou que o atual prefeito, Ricardo Nunes, “tenta esconder”, mas é “o candidato do Bolsonaro”. Para ela, “a eleição de São Paulo é importante não só para a cidade, mas para o Brasil”.
Antonio Neto, que preside o PDT em São Paulo, disse que a cidade “está abandonada” pelo atual prefeito, Ricardo Nunes, e celebrou a participação de Marta Suplicy na chapa com Boulos. “Todo mundo lembra de suas ações no transporte, na educação e na saúde”, disse.