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“Esse governo atual do país (de Benjamin Netanyahu) tem tido comportamento altamente condenável do ponto de vista militar. Então é delicado ficar dependendo militarmente de Israel”, disse o assessor de Lula
Diante dos crimes hediondos cometidos pelo regime de Benjamin Netanyahu contra a população civil palestina e o desrespeito ao Brasil, o governo brasileiro decidiu suspender a compra de 36 veículos blindados de Israel. O movimento capitaneado pelo assessor internacional do presidente Lula, Celso Amorim, levou o Ministério da Defesa a negociar a substituição da importação pela fabricação no Brasil.
A empresa israelense Elbit Systems tinha vencido a licitação de R$ 1 bilhão. As outras empresas que participaram do certame foram: uma empresa da China, uma da França e outra da República Tcheca. Naquela mesma época o embaixador brasileiro tinha sido humilhado pelo chanceler israelense após as declarações de Lula de que Netanyahu estava agindo de forma semelhante aos nazistas. Desde essa data o Brasil está sem embaixador em Israel.
O presidente Lula já havia autorizado o Ministério da Defesa a concluir o contrato com a empresa israelense e o Exército avançou nos trâmites internos. Na semana passada, a força concluiu todo o procedimento jurídico para assinatura do contrato, faltando apenas sua assinatura.
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Mas Celso Amorim intercedeu junto a Lula para suspender o fechamento do negócio. À CNN, ele justificou sua posição: “Depois da ação altamente condenável do Hamas houve genocídio por parte de Israel em relação aos palestinos e acho complicada essa compra. Primeiro que a decisão da corte internacional recomenda não colaborar com Israel nesse aspecto militar. Além disso, é preciso esperar passar essa instabilidade no conflito com Gaza”, afirmou.
Amorim reforçou ainda que não se trata de algo especificamente contra Israel. “Não tenho nada contra Israel. O povo judeu deu inúmeras contribuições à humanidade ao longo da história. O Brasil reconhece e respeita o estado de Israel. Mas esse governo atual do país (de Benjamin Netanyahu) tem tido comportamento altamente condenável do ponto de vista militar. Então é delicado ficar dependendo militarmente de Israel”, prosseguiu.
Nesta semana o regime de Israel bombardeou mais um escola a cidade de Gaza matando mais de cem pessoas que estavam abrigadas no local se protegendo dos combates. Já são mais de 39 mil palestinos mortos. Os assassinos de Netanyahu admitiram que o alvo era a escola Taba´een, na cidade de Gaza, sob o pretexto de sempre, de que havia membros do Hamas na escola.
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O ataque ocorreu sem aviso prévio, no início da manhã de sábado, antes do nascer do sol, enquanto as pessoas rezavam em uma mesquita dentro da escola, segundo o gabinete de imprensa do Hamas. Segundo Mahmoud Bassal, porta-voz dos socorristas da Defesa Civil que operam sob o governo local administrado pelo Hamas, três mísseis atingiram o prédio de dois andares — o primeiro andar abriga a mesquita e o segundo a escola — onde cerca de 6.000 pessoas deslocadas estavam se abrigando da guerra.