Lula demitiu Silvio Almeida na noite de sexta-feira (6), acusado de assédio contra ela
A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, elogiou a “ação contundente” ao demitir o ex-ministro dos Direitos Humanos, Sílvio Almeida, denunciado por assédio sexual contra ela.
“Reconhecer a gravidade dessa prática e agir imediatamente é o procedimento correto, por isso ressalto a ação contundente do presidente Lula e agradeço a todas as manifestações de apoio e solidariedade que recebi”, declarou Anielle, irmã da vereadora brutalmente assassinada em março de 2018, Marielle Franco.
Em manifestação na noite desta sexta-feira (6), sem citar diretamente o caso, ela elogiou a decisão do governo e criticou quem relativiza os episódios.
“Peço que respeitem meu espaço e meu direito à privacidade. Contribuirei com as apurações, sempre que mencionada”, disse ela em nota publicada nas redes sociais. “Não é aceitável relativizar ou diminuir episódios de violência”, continuou.
Silvio Almeida foi demitido por Lula no início da noite da sexta-feira, após o portal Metrópoles revelar as denúncias de que ele praticou assédio sexual contra Anielle e servidoras do Ministério de Direitos Humanos.
A ministra declarou ainda que meninas e mulheres sofrem assédio todos os dias no trabalho, no transporte, nas escolas e dentro de casa. “E posso afirmar até aqui, que o enfrentamento a toda e qualquer prática de violência é um compromisso permanente deste governo”, prosseguiu.
PT
O diretório nacional do PT declarou que espera uma “apuração rigorosa e a responsabilização das denúncias” que envolvem Silvio Almeida. O partido desejou força à ministra, que é filiada a legenda, e disse que Lula demitiu o ex-ministro por considerar que o “assédio sexual é intolerável”.
“Assédio sexual é intolerável e este é o sentido da decisão do presidente Lula, de afastar o ministro Silvio Almeida. Desejamos força à ministra Anielle Franco para continuar executando seu importante trabalho”, disse o partido.