O deputado federal e candidato à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL), celebrou a ida ao segundo turno, defendeu “uma cidade melhor para todos” e agradeceu os eleitores pelos mais de 1,7 milhão de votos nas eleições municipais neste domingo (6).
Ricardo Nunes (MDB) é o adversário de Boulos no segundo pleito. Nunes teve 29,48% (1.801.139 votos) e Boulos, 29,07% (1.776.127 votos).
Boulos estava ao lado da sua vice, Marta Suplicy, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva e Sônia Guajajara, ministra dos Povos Indígenas.
O discurso aconteceu após o resultado das urnas, que confirmaram o segundo turno na capital paulista, que ocorre no dia 27 de outubro.
“Se você acha que São Paulo está uma cidade segura, se você acha que São Paulo está bem no SUS, sem fila na saúde, se você acha que os ônibus não estão lotados, você concorda com o nosso adversário. Se você quer mudar, melhorar a segurança, melhorar a saúde, melhorar o transporte, você vem comigo e com a Marta”, afirmou.
Boulos afirmou que “nesse segundo turno nós vamos estar juntos pela mudança para fazer uma cidade mais humana e mais solidária”. “Eu quero falar também com você que não mora na periferia de São Paulo. E pedir para que ponha a mão na consciência. Uma cidade mais justa, mais igual é uma cidade mais civilizada, é uma cidade mais segura. Combater as desigualdades é bom para todo mundo. O nosso projeto é de fazer uma cidade para todos.”
Ele também agradeceu aos “mais de 1,7 milhão de paulistanos que votaram pela mudança. Que votaram no 50 no dia de hoje. E quero também dialogar com aqueles e com aquelas que não votaram na gente no primeiro turno. A enorme maioria do povo de São Paulo votou pela mudança. E agora, neste segundo turno, é isso que vai estar em jogo”.
Boulos também citou sua vice, Marta Suplicy, ex-prefeita de São Paulo, durante seu discurso. “São Paulo é uma cidade potente. É a cidade mais rica do Brasil e da América Latina. A nossa missão é fazer com que essa riqueza de São Paulo chegue para todos. Foram as periferias da cidade que nos levaram, eu e a Marta. A Marta que fez os CEU’s, a Marta que fez o Bilhete Único e que hoje a nossa missão é apresentar um projeto de justiça social, de uma cidade mais humana, de uma cidade que seja para todos”, afirmou.
Boulos também criticou seu adversário. O candidato falou sobre o boletim de ocorrência registrado por Regina Carnovale Nunes contra o marido, o emedebista, por violência doméstica, ameaça e injúria, em fevereiro de 2011. “Do lado de lá, nós temos alguém com a trajetória muito suspeita, que eu tenho certeza de que nos debates desse segundo turno vai ter muita dificuldade para dizer o que fez nos verões passados. Alguém que botou o crime organizado no comando da prefeitura de São Paulo, nos contratos da prefeitura de São Paulo. Alguém que tem, inclusive, que responder por boletim de ocorrência
de violência contra a mulher. É isso que está em jogo aqui”, disse.
E continuou: “Nesse segundo turno também vai estar em jogo uma escolha. Do lado de lá, nós temos o candidato apoiado pelo Bolsonaro. Um candidato que acredita que o Bolsonaro fez tudo certo na pandemia. Um candidato que agora no primeiro turno se colocou contra a vacina, um candidato que acredita que o 8 de janeiro foi apenas um encontro de senhoras e não uma tentativa de golpe”, afirmou.
“Do lado de cá, nós temos o time que ajudou a resguardar a democracia no Brasil. Nós temos o presidente Lula, nós temos o vice Alckmin. Nós temos a ministra Marina Silva e todos aqueles que há dois anos se juntaram para vencermos a eleição aqui na cidade de São Paulo para que o nosso país se livrasse do autoritarismo. Do lado de lá, nós temos um coronel da Rota, que acredita que as pessoas têm que tratadas de modo diferente entre quem mora nos Jardins e quem mora na periferia”, concluiu o candidato.