
Até o momento, 420 pessoas foram expulsas pelo regime fascista norte-americano
O quarto voo com brasileiros deportados pelos Estados Unidos chegou ao Brasil no sábado (15), totalizando 420 pessoas que foram expulsas pelo governo de Donald Trump.
Esse quarto grupo era composto por 127 brasileiros, sendo 97 homens, 30 mulheres, 10 crianças e uma pessoa é idosa.
Eles chegaram a Fortaleza (CE), onde foram recebidos pela Polícia Federal. 76 deles foram levados para Belo Horizonte pela Força Aérea Brasileira (FAB) e acolhidos no posto criado pelo governo Lula.
A secretária de Direitos Humanos do Ceará, Socorro França, disse que “o governo do Estado do Ceará, por orientação do governador Elmano de Freitas, oferece todo suporte necessário para que essas pessoas sejam recebidas com dignidade e nas melhores condições possíveis”.
Não houve, até o momento, denúncia de violência por parte dos agentes dos Estados Unidos. Os EUA, no entanto, continuam deportando as pessoas algemadas.
No primeiro voo trazendo deportados no governo Trump, os Estados Unidos acorrentaram os brasileiros no avião e os submeteram a um voo de 12h sem ar-condicionado e alimentação.
A situação degradante só foi interrompida em território brasileiro, quando autoridades brasileiras assumiram o controle do caso e terminaram o voo.
Diante das críticas feitas pelo governo Lula, os EUA mudaram a postura. Mesmo assim, os brasileiros deportados relatam terem sofrido humilhação pelas autoridades norte-americanas ao serem pegos em situação de irregularidade.
Um dos deportados, Hélio Gomes da Silva, contou que o clima nos EUA está “tenso”. “Todo mundo está com medo de sair de casa para trabalhar e ser deportado”. Ele morava nos EUA há três anos, trabalhava como ceramista e teve que deixar a esposa e três filhos no país.
José Maria Ferreira Costa, também deportado, contou que “tá um inferno, estão pegando de tudo quanto é jeito, empurrando para as prisões”.
Segundo ele, a deportação “enquanto estava na mão da polícia americana, foi horrível. Preso, acorrentado os pés e as mãos”.