
A cúpula das Forças Armadas pretende aplicar sanções contra Jair Bolsonaro e outros militares que se tornarem réus por envolvimento no plano golpista gestado no antigo governo. As informações são de Malu Gaspar, do jornal O Globo.
Depois que o Supremo Tribunal Federal (STF) julgar e aceitar as denúncias oferecidas pela Procuradoria-Geral da República (PRG), as Forças Armadas podem colocar os militares que virarem réus na condição “sub judice”.
Dessa forma, eles ficam impedidos de serem promovidos, transferidos, receberem licenças e fazerem cursos. “É como se eles ficassem congelados”, disse um general à coluna de Malu Gaspar.
Um general explicou que “a situação administrativa dos militares só muda após a aceitação das denúncias. Nesse caso eles ficam impedidos de serem promovidos e transferidos”.
O desligamento total dos militares, assim como uma abertura de investigação criminal interna, está previsto somente quando o caso tenha transitado em julgado, isto é, quando acabarem as possibilidades de recurso no processo.
Enquanto isso, o Exército decidiu que não vai se posicionar ou tomar qualquer providência antes que as denúncias dos militares que a compõem sejam aceitas.
O Supremo marcou para o dia 25 de março o julgamento sobre as denúncias de um primeiro grupo, do qual fazem parte, além do ex-presidente Jair Bolsonaro, outros cinco militares. São eles:
ex-presidente Jair Bolsonaro, capitão;
ex-ministro da Casa Civil e candidato a vice de Bolsonaro Walter Braga Netto, general;
ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno, general;
ex-comandante da Marinha Garnier Santos, almirante;
ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira, general;
ex-ajudante de ordens da Presidência Mauro Cid, tenente-coronel