
Com lucro líquido de R$ 6,9 bilhões no primeiro trimestre deste ano, as operadoras vão poder reajustar os planos individuais e familiares em até 6,06%
A ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) autorizou na segunda-feira (23) que as operadoras de plano de saúde apliquem reajuste de até 6,06% aos contratos individuais e familiares de assistência médica em todo o país.
O reajuste afetará 8,6 milhões de beneficiários de planos individuais e familiares, correspondendo a 16,5% do total de usuários de planos. O percentual está acima da inflação oficial do país no período, já que o índice oficial, o IPCA, acumulou alta de 5,32% até maio de 2025.
A decisão autoriza as operadoras a cobrarem o percentual como reajuste máximo, usualmente no mês de aniversário dos contratos, e é válido do período de maio de 2025 a abril de 2026. Para os planos cujo contrato vence em maio e junho, por exemplo, a cobrança deve ser iniciada no mês que vem com cobrança dos meses retroativos.
No ano passado, o reajuste aplicado aos planos desta categoria foi de 6,91%.
O aumento de 6,06% não abrange os planos de saúde coletivos (empresariais ou por adesão), que respondem por 83,5% do mercado, com 43,7 milhões de usuários, e que geralmente têm reajustes três vezes maiores do que os individuais. A ANS não estipula percentual máximo de aumento para esta categoria.
Alvo de grandes reclamações da população, as operadoras de plano de saúde justificam o aumento argumentando que os custos de assistência médica subiram, ao mesmo tempo que garantem lucros exorbitantes. No primeiro trimestre de 2025, por exemplo, as operadoras tiveram lucro líquido de R$ 6,9 bilhões – o dobro do mesmo mesmo período de 2024. Os dados são da ANS.