
Centenas de colonos judeus invadiram uma cidade palestina perto de Ramallah na parte ocupada da Cisjordânia, nesta quarta-feira, as forças israelenses que davam cobertura para a agressão abriram fogo contra a população e assassinaram três palestinos.
Na segunda-feira, o exército israelense já tinha matado a tiros Ammar Hamayel, de 13 anos, enquanto andava com um amigo nos arredores da aldeia de Kafr Malik. Ambulâncias foram impedidas de socorrê-lo.
Enquanto a aldeia ainda estava de luto pela morte do garoto, os colonos israelenses aproveitaram o momento de insegurança da população e violentamente invadiram a cidade palestina.
Kafr Malik, fica perto de um assentamento judaico recém instalado entre a aldeia e Al-Mazra’a al-Sharqiya, a leste de Ramallah. Os colonos israelenses invadiram em massa e incendiaram casas, carros e aterrorizando os moradores palestinos que lá vivem.
Quando os moradores palestinos, ainda de luto pela morte do garoto, tentaram reagir e lutar contra a agressão, as forças do exército de Israel invadiram a cidade e abriram fogo contra a população. Segundo autoridades locais, 3 homens palestinos foram mortos e mais 7 ficaram feridos.
“Quando os moradores se reuniram em grande número, eles cercaram os colonos, que estavam armados e começaram a atirar em nós”, disse Jihad al-Qaq, um morador local.
“Ficamos surpresos que os colonos começaram a atacar as casas e queimar os carros,” disse Munjed Nawaf Hamayel ferido durante o ataque. Seu irmão, Murshed Hamayel, foi morto ao investigar gritos do lado de fora de sua casa.
“Ele encontrou grupos de colonos na frente dele. De repente, o exército israelense abriu fogo. Ele foi baleado diretamente na cabeça e caiu,” disse Munjed. “Não conseguimos alcançá-lo por causa do tiroteio. Ele ficou sangrando por um longo tempo. Quando chegou ao hospital estava morto”.
Equipes de emergência foram impedidas de prestar resgate para as vítimas e coube aos próprios moradores carregar os feridos para as ambulância paradas do lado de fora da cidade. O exército israelense fechou a entrada da cidade com portões de ferro, bloqueando a entrada de ambulâncias.
MASSACRE EM MERCADO DE GAZA
Já em Gaza, cerca de 18 palestinos foram mortos, massacrados por um ataque de drone israelense contra um mercado popular na cidade de Deir al-Balah, no centro de Gaza.
Testemunhas disseram que policiais palestinos estavam distribuindo para o povo, sacos de farinha, confiscados de gangues que roubaram caminhões de ajuda humanitária. Foi quando um dos drones das forças de Israel dispararam dois mísseis contra a população que se aglomerava.
“As gangues costumavam pegar nossas rações e as rações de nossos filhos que dormiam com fome e sede”, disse Umm Alaa Mekdad.
A polícia local estava tentando combater os saques de gangues, que com o auxílio das forças israelenses, saqueavam comboios de ajuda humanitária e vendiam a comida roubada em mercados a preços astronômicos.
Tribos e Clans de palestinos que vivem em Gaza, comunicaram na quarta-feira, que um esforço para impedir os saques a comboios de alimentos estava sendo feitos. Por iniciativa própria eles estavam fazendo a segurança para que a ajuda chegue à população faminta.
“Não permitiremos mais que ladrões roubem dos comboios para os mercadores e nos forcem a comprá-los por preços altos,” disse Abu Ahmad al-Gharbawi, um dos envolvidos no esforço de segurança.