
Em entrevista para o Radar MCTI, a Ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Luciana Santos, destacou as ações da pasta para impulsionar o desenvolvimento da produção de conhecimento no país, durante os primeiros 2 anos e meio à frente da pasta.
O MCTI completa neste ano 40 anos e tem Luciana como a primeira mulher no comando do ministério, umas das mais importantes para o desenvolvimento do nosso país e soberania nacional.
A ministra destaca que esses primeiros anos à frente do ministério têm sido marcados por “uma jornada de muito trabalho, em busca de um Brasil mais justo e desenvolvido por igual. “O MCTI completa 40 anos como ministério estratégico para o futuro do nosso país. A gente vem retomando ações importantes, lançando ações fundamentais. Isso só foi possível graças à recomposição integral do FNDCT, que é o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. É para mim uma responsabilidade enorme ser a primeira mulher à frente desse ministério. Considero que essa não é uma conquista só minha, mas de todas as mulheres na ciência, na política e nos espaços de decisão do país”, disse.
Luciana afirmou na entrevista que a responsabilidade da nossa pasta é o desenvolvimento de políticas que incentivem o ingresso, a permanência e a ascensão de meninas e mulheres nas áreas de ciência, tecnologia e inovação.
“Desde que assumimos o MCTI, temos trabalhado para valorizar e fortalecer a ciência e os cientistas brasileiros. E isso passa pela ampliação de investimentos. Em 2023, nós investimos cerca de R$10 bilhões em ciência, tecnologia e inovação. Em 2024, foram R$ 12,7 bilhões. E para o ano de 2025, o orçamento é de R$14,7 bilhões. Isso mostra o nosso compromisso em valorizar a nossa inteligência, usando as pratas da casa para a formulação de soluções para nossos desafios nacionais” destacou.
Ela elenca também os investimentos que o MCTI, em particular, e do governo Lula, em geral, e como essas ações têm impactado a vida das pessoas. A ministra apontou para o compromisso do governo em reduzir as assimetrias regionais, gerar desenvolvimento e melhorar a vida do povo. Temos visto isso com o aumento dos investimentos no Nordeste e, em especial, em Pernambuco, com impacto sobre os indicadores. “A queda no desemprego e o aumento na renda são resultado de decisões de políticas públicas”, disse.
“Por parte do nosso Ministério, desde o início da nossa gestão, já destinou cerca de R$ 374 milhões para o Estado de Pernambuco. Os valores são muito superiores aos aportados em anos anteriores. Entre 2019 e 2022, ou seja, somando os quatro anos do governo anterior, haviam sido contratados apenas R$ 104 milhões. Isso significa que em pouco mais de dois anos, a atual gestão já destinou três vezes e meio mais recursos para ciência, tecnologia e inovação”, afirmou.
A ministra também lembrou que há ainda investimento de outros ministérios com vistas a melhorar a vida dos pernambucanos.
“Os investimentos do governo federal em Pernambuco já estão fazendo diferença na vida das pessoas. São ações em várias áreas, como a construção de novas unidades dos institutos federais, ampliação do Programa Farmácia Popular, além das obras do novo PAC. Recentemente, estivemos em Salgueiro, onde avançamos na segurança hídrica, com obras na transposição do Rio São Francisco. Tudo isso movimenta a economia, gera emprego e garante mais dignidade para quem vive no nosso estado”, continuou.
A ministra destacou a importância de políticas destinadas à juventude que “serão nossos jovens que vão mudar a cara do Brasil”. Para isso, é preciso que os jovens preparados e preparadas, motivados e motivadas, com oportunidades através de ações pensadas para criar caminhos e garantir que esses jovens não só entrem nas áreas de ciência e tecnologia, mas que queiram e consigam permanecer nelas.
PARTICIPAÇÃO FEMININA
“O MCTI tem programas voltados para esta finalidade como Futura Cientistas, que estimula as meninas a seguirem carreira científica. O ‘Mais Ciência na Escola’, com seus laboratórios mão na massa e visando o letramento digital. O ‘Pop Ciência’, ação estratégica do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação de popularização científica. E agora o ‘Bolsa Futura Digital’, iniciativa voltada a jovens e adultos sem experiência prévia na área de tecnologia e da informação, com interesse em ingressar nas carreiras de desenvolvimento front-end ou back-end. Por sinal, em breve devemos anunciar novidades para o Bolsa”.
“Uma delas é reindustrializar o Brasil com base na inovação para a gente voltar a produzir com valor agregado e tecnologia nacional. Já vimos durante a pandemia da Covid-19 como é nefasta a dependência de insumos e de outras tecnologias. O MCTI está presente na estratégia nacional, na nova indústria Brasil, ação do governo federal com seis missões prioritárias”.
E tudo isso tem um ponto em comum, a ciência como base. O Brasil precisa ter um projeto de nação e a ciência tem que estar no centro desse projeto.
Para Luciana, a ciência e tecnologia é um ponto chave para o desenvolvimento soberano do país e assim tem sido encarada.
“Sempre que viajo com o presidente Lula, firmamos acordos importantes com outros países, principalmente em áreas estratégicas como tecnologia verde, transição energética e tecnologia e inovação. O mundo inteiro está de olho na capacidade científica do Brasil e nosso papel é fazer com que essa cooperação internacional gere frutos aqui dentro. Mais pesquisa, mais investimento e mais oportunidades para os nossos cientistas e para o nosso público. E precisamos que a nossa inteligência seja responsável por comandar essa revolução”, disse.
Um dos pontos chave apontado nessa direção é a estratégia nacional tão presente no Plano Brasileiro de Inteligência Artificial. “O PBI, o Plano Brasileiro de Inteligência Artificial, é uma das ações mais estratégicas que estamos conduzindo. A inteligência artificial já está mudando a forma como a gente vive, trabalha e se relaciona. Queremos um IA 100% brasileira, que atenda às nossas necessidades e que esteja alinhado aos nossos desafios”.
“O Plano Brasileiro de Inteligência Artificial foi uma encomenda do nosso presidente Lula, preocupado para que o uso de IA seja de forma ética, segura e responsável, sempre colocando o ser humano no centro. Como PBI, a gente quer garantir que o Brasil seja não só consumidor, mas também produtor de tecnologia com soberania, inclusão e inovação a serviço da sociedade”, concluiu a ministra.