O presidente do PPS, Roberto Freire, afirmou nesta terça-feira (13), que o processo de unificação de Rede com o PPS está caminhando bem. “Estamos tratando como uma fusão. É a opção que eles discutem e pela qual temos muita satisfação”, afirmou Freire. O que impede ainda é que a decisão que a Rede vai tomar acontecerá no Congresso Nacional, em janeiro”, destacou Freire em entrevista à Rádio Eldorado.
O dirigente do PPS disse que seu partido e a Rede precisarão “afinar” discursos, mas não vê diferenças programáticas que impeçam a união. “Não é que a Rede seja contra reformas. Algumas lideranças se posicionaram contra, outras a favor. Temos que discutir para afinar discursos. Mas não vamos nem devemos ser um partido que tenha pensamento único.”
Segundo Freire, não há uma definição acerca da posição do PPS (mesmo antes da possível fusão) sobre o governo Jair Bolsonaro, mas fala numa “oposição democrática”. “O que vai vencer é a democracia. A oposição sistemática, como fez o PT, não sei se é uma boa opção para o Brasil. O Brasil deu a resposta dizendo que não. A sociedade percebeu. No PPS, discutimos a possibilidade de uma posição independente ou de oposição democrática. Não sistemática. Mas ainda não está decidido”, observou.
Freire disse que o nome que sairá da fusão terá que ser novo. “Houve uma enquete com militantes e participantes dos movimentos que deu como primeira opção a palavra ‘movimento’. Movimento 23. Mas se a Rede vier, vamos reabrir a discussão. O nome tem que representar algo não tão assemelhado às estruturas partidárias que temos e que receberam uma rejeição grande nesta eleição”, afirmou.
“(As conversas) caminham bem. A Rede se reuniu neste fim de semana e foi positiva a discussão de que talvez seja necessária a incorporação, a fusão. Este movimento tem sido pensado já há algum tempo. Vamos ver se em janeiro conseguimos construir esta nova formação.”
A ideia é que as siglas se unam ainda que informalmente, já que a minirreforma eleitoral de 2015 passou a impedir a fusão ou incorporação de partidos com menos de cinco anos – caso da Rede, criada em 2015. O partido de Marina elegeu apenas uma deputada federal neste ano e por isso não terá acesso ao Fundo Partidário.