O novo presidente do Sebrae-SP Tirso Meirelles disse, na quarta-feira (9), que a proposta do governo Bolsonaro de corte de recursos do Sistema S impactará diretamente na “sobrevivência dos pequenos negócios”.
O ministro da fazenda Paulo Guedes afirmou em um almoço com empresários, na sede da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), no final do ano passado, que o governo cortará verbas do Sistema S – Senai, Sesi, Senac, Sebrae – que tem responsabilidade com programas de formação profissional e políticas de incentivo à cultura e lazer.
“Como é que você diz que tem que cortar isso e cortar aquilo e não vai cortar o Sistema S? Vou cortar sim. Vou meter a faca”, disse Guedes.
Guedes disse ainda naquela ocasião que se houvessem “interlocutores inteligentes, preparados, que quiserem contribuir como o Eduardo Eugênio (presidente da Firjan), a gente corta 30%. Se não tiver, é 50%”, declarou. Saiba mais: Guedes debocha de empresários e diz que vai “meter a faca” no Sistema S
O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) é responsável pela capacitação e apoio aos pequenos negócios. Grande parte dos recursos do Sebrae provém das contribuições que as empresas pagam sobre a folha de pagamento.
Para o presidente do Sebrae-SP, independentemente do percentual do corte proposto, a medida representará “uma ruptura significativa nas atividades do Sebrae, com impacto direto e imediato no tamanho de nossa operação e, por consequência, na quantidade e na qualidade de atendimentos e na sobrevivência dos pequenos negócios”.
Ele argumenta que, “com um corte de 30%, 300 mil clientes deixariam de ser atendidos, quase 60 mil alunos do ensino fundamental deixariam de ter acesso a lições de cultura empreendedora e cerca de 65 postos municipais seriam fechados”.