
PT se alia Fernando Collor de Mello
O PSB, PDT, Rede e o PPS formaram um Bloco Parlamentar para atuação conjunta no Senado Federal. O grupo, batizado com o nome de “Senado Independente”, e que é o segundo em número de senadores, afirma que terá uma atuação política pautada na defesa do Brasil, pelo fortalecimento do Senado e em defesa da democracia. O bloco é formado por 13 senadores e promete fazer uma oposição firme e independente aos desmandos do governo Bolsonaro.

Fazem parte do bloco Acir Gurgacz, PDT-RO, Alessandro Vieira, PPS-SE, Cid Gomes, PDT-CE, Eliziane Gama, PPS-MA, Fabiano Contarato, REDE-ES, Flávio Arns, REDE-PR, Jorge Kajuru, PSB-GO, Kátia Abreu, PDT-TO, Leila Barros, PSB-DF, Marcos do Val, PPS-ES, Randolfe Rodrigues, REDE-AP, Veneziano Vital do Rêgo, PSB-PB e Weverton, PDT-MA.
Os senadores Cid Gomes (PDT) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP) são os principais articuladores do grupo. Eles foram responsáveis pela articulação de ajudou a derrotar Renan Calheiros na disputa pela presidência da Casa.
Recentemente o senador Randolfe Rodrigues criticou duramente o atual ministro da Educação, Vélez Rodríguez, por suas declarações à revista Veja. “Entre tantos absurdos, ele disse que universidade não é para todos” , denunciou.
Randolfe disse também que é um absurdo querer incluir a disciplina educação moral e cívica no currículo do ensino fundamental “para os estudantes aprenderem o que é ser brasileiros”.
Mais desrespeitoso ainda é afirmar “que brasileiro quando viaja, rouba coisas dos hotéis, rouba o assento salva-vidas do avião”. Para Randolfe, o ministro de Bolsonaro terá que dar explicações ao país.
Já o PT constituiu um bloco no senado com o PROS, partido que é encabeçado por ninguém menos que o senador Fernando Collor de Mello. O bloco, articulado pelo PT, adotou o nome de “Resistência Democrática”. Compõem esse grupo Fernando Collor, PROS-AL, Humberto Costa, PT-PE, Jaques Wagner, PT-BA, Jean Paul Prates, PT-RN, Paulo Paim, PT-RS, Paulo Rocha, PT-PA, Rogério Carvalho, PT-SE, Telmário Mota, PROS-RR e Zenaide Maia, PROS-RN.
O senador Humberto Costa, PT-PE, teve que dar explicações às suas bases sobre sua mais nova “aliança”, já que o PT, que se considera uma força de esquerda, está formando um bloco parlamentar com Collor. “O PROS esteve conosco na eleição presidencial, apoiou a candidatura do Haddad desde o primeiro turno. Isso [o bloco] foi um desdobramento”, explicou. A direção do PROS informou que o bloco com o PT só saiu por exigência da senadora Zenaide Maia, PROS-RN.
O senador petista fez questão de dar garantias de que, com o bloco, “nenhum partido perde a sua identidade própria. Continua a ter seu líder, a sua política, a determinar seus votos”. Ele justificou que “Nós trabalhamos para construir uma aliança mais ampla com o PSB, com o PDT, com o próprio Pros, mas isso não foi possível. Então, nós conseguimos construir com o Pros e vamos atuar como bloco a partir do início do trabalho legislativo”.
O MDB também anunciou a formação de seu bloco “Unidos pelo Brasil”, formado basicamente pela bancada do MDB, de 13 senadores, e mais um senador do PRB, Messias de Jesus, PRB-RR. O presidente do senado, eleito no último dia 1º, David Alcolumbre, DEM-AP, liderou a formação do quarto bloco, batizado de “Vanguarda”, formado pelos seis senadores do DEM, mais dois do PR e um do PSC. Ainda restam 37 senadores que não integram nenhum bloco parlamentar. São eles do PSDB, PSL, Podemos, PSD, PP e um sem partido.