
O presidente do PPS, Roberto Freire, afirmou que o chanceler brasileiro, Ernesto Araújo, é “um total despreparado” por suas declarações sobre uma intervenção militar na Venezuela.
“Tal proposta é própria de um beócio belicista e está bem distante da tradição de paz das nossas relações exteriores. Se não for contido, pode nos levar para uma irresponsável aventura”, postou Freire em sua conta no Twitter.
Para o deputado federal Rubens Bueno, do PPS do Paraná, “uma intervenção militar na Venezuela não deve nem sequer ser cogitada”, apesar do governo desastroso de Nicolas Maduro.
Ele avaliou que os confrontos que aconteceram no último final de semana nas fronteiras da Venezuela com o Brasil e com a Colômbia não podem servir de justificava para qualquer tipo de intervenção militar no país vizinho.
“Temos problemas internos para resolver e se envolver militarmente na crise de um país vizinho geraria enorme instabilidade na região, um volume de gastos considerável e confrontos que poderiam provocar a perda de milhares de vidas”, afirmou o parlamentar na segunda-feira (25).
O deputado alerta ainda que outro revés de uma intervenção militar seria o envolvimento de grandes potências militares no conflito.
“De um lado teríamos os Estados Unidos e do outro possivelmente a Rússia e a China também poderiam se envolver de alguma forma. Isso não é bom para o Brasil, para a Venezuela, para a América do Sul e nem para o mundo como um todo”, disse.
Rubens Bueno destacou que as Forças Armadas brasileiras já se ocupam de ajudar no combate ao crime organizado e têm como meta também reforçar o combate ao tráfico de drogas e armas nas fronteiras, além de todas as outras atribuições de defesa.