Os dirigentes das Centrais Sindicais, de sindicatos e entidades populares já ocupam o palco no Vale do Anhangabaú, no centro de São Paulo, no esquenta do ato unificado deste 1º de Maio, Dia do Trabalhador.
Com a palavra de ordem pela Greve Geral, os dirigentes sindicais denunciam os males da proposta de reforma da Previdência apresentada por Bolsonaro.
Em entrevista ao HP, o presidente da Força Sindical, Miguel Torres, declarou que “Bolsonaro está achando que pode fazer tudo. Quer fazer uma reforma que aumenta o tempo de contribuição, impõe uma idade mínima, praticamente acaba com o Benefício de Prestação Continuada, o BPC, atingindo os trabalhadores mais pobres, mais humildes. Essa reforma representa apenas mais privilégios para os ricos e prejudica os mais pobres. Não podemos admitir isso”, afirmou.
Para Torres, “também está em jogo a política de valorização do salário mínimo. Ele já anunciou que não vai ter mais aumento de salários. Isso é um crime contra mais de 30 milhões de trabalhadores”.
“Nós estamos realizando mobilizações nacionais, e coletando milhares de assinatura como forma de pressão. Não surtido efeito, nós já temos indicativo para uma grande greve geral para junho, ressaltou.
Ainda na abertura do ato, Aristides Santos, presidente da Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura) também conclamou para a Greve Geral: “Estamos em mais de 4 mil sindicatos espalhados pelo Brasil fazendo debates e mobilizando contra essa reforma da Previdência, pressionando os parlamentares a votarem contra esse crime. Vamos seguir nesse sentido para construir a Greve Geral. Campo e cidade em defesa da classe trabalhadora”, afirmou.
Para Glaucia Morelli, presidente da Confederação das Mulheres do Brasil (CMB), “as mulheres são guerreiras e não abrem mão de sua pátria e de seus direitos, de suas aposentadorias”, disse em repúdio à reforma. “Não nos dão creches, não nos permitem amamentar como queremos. Não nos permitem salário igual para trabalho igual”.
“Mesmo assim estamos nas fábricas, no campo, nas casas, muitas vezes sem nenhum direito trabalhista. Vamos conquistar mais unidade. Vamos conquistar mais espaço para as mulheres e lutar pelo que é justo. Bolsonaro disse que os estrangeiros podiam vir aqui tentar usar as mulheres brasileiras. Não! Não ao turismo sexual. Não à reforma da Previdência”, ressaltou.