O vereador Carlos Bolsonaro, filho mais novo do presidente Jair Bolsonaro, usou suas redes sociais nesta terça-feira (31) para agredir violentamente o general Carlos Alberto dos Santos Cruz, ex-ministro-chefe da Secretaria de Governo da Presidência do Brasil, e um dos militares mais admirados e respeitados do país.
Em sua conta no Twitter, o vereador disse que Santos Cruz é um “general prepotente que não apita porra nenhuma”. O ataque se deu porque o general tem criticado o comportamento irresponsável do presidente da República na condução da crise do coronavírus.
O general criticou o chamado “Gabinete do Ódio”, uma central de espionagem digital, situada dentro do Palácio do Planalto, para fazer intrigas e atacar a honra de pessoas como Santos Cruz e outras que critiquem o governo.
O ex-auxiliar de Bolsonaro, Gustavo Bebiano, morto recentemente, denunciou, em entrevista pouco antes de sua morte, que quando ainda era ministro descobriu que Carlos Bolsonaro tinha planos de criar uma Abin (Agência de Inteligência) paralela porque ele não confiava na Agência Oficial ligada ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI).
Depois que Bebiano foi demitido, começou a funcionar o “Gabinete do Ódio”, nome dado à central de intrigas de Carlos Bolsonaro, pela deputada Joice Hasselmann (PSL-SP).
Recentemente o general Santos Cruz disse que a central de intrigas comandada por Carlos Bolsonaro estava confundindo a população na questão da luta contra o Covid-19. Ele disse que “a população acaba achando que o governo inteiro pensa como esses vagabundos virtuais”, disse o general. O general elogiou o comportamento do Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta e a fala do general Edson Leal Pujol, comandante das FFAA.
Foi na sequência destas críticas de Santos Cruz que Carlos Bolsonaro perdeu as estribeiras a agrediu a honra do general. Em uma sequência de três tuítes em que critica uma declaração de Santos Cruz contra as milícias virtuais do bolsonarismo, o parlamentar, que é considerado uma sombra sinistra da família, chegou a chamar o ex-ministro de “general prepotente que não apita porra nenhuma”.