A Europa segue no “olho do furacão” da pandemia do novo coronavírus, alertou nesta quinta-feira o diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS) para o continente, Hans Kluge, ao mesmo tempo em que anunciou “sinais alentadores” vindos de alguns países nas últimas semanas.
As cifras relativamente animadoras chegaram principalmente da Espanha, Itália, Alemanha, França e Suíça, assinalou Kluge, diante dos últimos dez dias, período em que a trágica multiplicação por dois quase alcançou a um milhão de vítimas.
Além disso, acrescentou o diretor da OMS, há “débeis sinais positivos observados em alguns países, que estão atenuados por cifras constantes, ou acrescentadas em outros, como o Reino Unido, Turquia, Ucrânia, Bielorrúsia e a Federação Russa”. “Isto significa que cerca de 50% dos casos de covid-19 se encontra atualmente na Europa”, ressaltou.
Até esta quinta-feira o planeta registra oficialmente dois milhões de novos casos e 131 mil mortes, sendo a Europa o continente mais atingido, ultrapassando os 90 mil falecimentos. Os Estados Unidos é onde a pandemia progride mais rápido atualmente, com 28.360 mortes e 637 mil casos.
Diante da gravidade da situação, a OMS Europa exortou os países a “não baixarem a guarda” e a assegurar-se de que o vírus está sob controle, antes de levantar eventuais restrições de movimento. “O céu tormentoso desta pandemia ainda pesa sobre a região”, advertiu Kluge, para quem “as próximas semanas serão cruciais”.
A seção Europa da OMS se estende do Atlântico até o Pacífico, com 53 países tão diversos como Rússia e Andorra, registra oficialmente mais de 687 mil casos e 52.824 mortos pelo vírus.