Eduardo Bolsonaro (PSL), o “03” da famiglia, que aguarda indicação de seu pai para a embaixada do Brasil nos Estados Unidos, apareceu fazendo “gesto de arminha” em frente ao monumento pela paz na sede da ONU, em Nova Iorque. A escultura do sueco Carl Fredrik Reuterswärd – um revólver cujo cano termina amarrado em um nó – foi feita após o assassinato de John Lennon, morto a tiros em 8 de dezembro de 1980.
O escrivão, eleito deputado, com certeza não gosta e nem aprova os valores pacifistas e humanistas defendidos pelo ex-beatle assassinado. Junto com a foto, tirada para afrontar os cidadãos de bem de todo o mundo, o mentecapto do PSL afirmou, em rede social, que a morte do ex-beatle seria um “pano de fundo para calar os pró-legítima defesa que ousarem falar contra”.
O lobby em Nova Iorque recebeu aplausos das milícias do Rio, ávidas pela “liberalização” geral das armas, apregoada diuturnamente por toda a família bolsonaro.
A apologia da morte e do ódio pegou mal. O armamentismo desenfreado é hoje altamente reprovado até mesmo dentro dos EUA. Isso ocorre em função das frequentes fuzilarias levadas a cabo por estúpidos e desajustados que têm a mesma “visão de mundo” do parlamentar.
“A escultura desarmamentista na entrada da ONU”, disse ele, “serve para depreciar o papel fundamental das armas na garantia da segurança, das liberdades e da paz”.
Eduardo Bolsonaro se aproveitou da viagem da comitiva presidencial à Assembléia Geral da ONU, em Nova Iorque, no último dia 24 de setembro, para fazer seu lobizinho particular em favor dos fabricantes de armas. “Ignoram o uso defensivo das armas de fogo”, argumentou. “As operações de paz da ONU acertadamente usam armas. Mas na entrada do prédio da ONU em NY fica essa escultura desarmamentista. Como todo bom desarmamentista eis a máxima ‘armas para mim, desarmamento para os outros'”, disse ele.
A cena ridícula não só prova que o desqualificado não tem a menor condição mental de ocupar o cargo que “papai” quer para ele na embaixada, como não agradou nem mesmo os fabricantes de armas. Para eles, foi um tiro no pé.
“Se a intenção do filho do presidente foi estimular o consumo de armas entre seus eleitores e agradar os fabricantes, ele errou. A imagem só gera repercussão negativa e desgaste”, dizem executivos ouvidos pelo jornal Folha de S. Paulo.