O líder do PDT na Câmara Federal, deputado André Figueiredo (PDT-CE), denunciou, em suas redes sociais, que a afirmação do governo de que sua proposta de mudanças na Previdência é para combater privilégios é uma mentira. “Essa proposta não combate privilégios, só aumenta desigualdades! O PDT será contra qualquer reforma que prejudique o trabalhador brasileiro!”, disse o deputado.
Ele lembrou, em vídeo divulgado na internet, que “diziam a mesma coisa na época da reforma trabalhista. Que a proposta reduziria o desemprego. Diziam até que seriam criados mais de 6 milhões de empregos. Outra mentira”. “Dois anos depois”, denunciou o líder do PDT, “o desemprego explodiu. Já são 12,7 milhões de desempregados no Brasil. E outros 37 milhões estão na informalidade”.
André Figueiredo avalia que o que prejudica a Previdência é o desemprego e a recessão. “Se cresce o desemprego, diminui a arrecadação”, observou. “Enquanto isso, os maiores devedores da Previdência continuam devendo R$ 426 bilhões aos cofres públicos”, denunciou o parlamentar. “Além disso”, acrescentou o pedetista, “R$ 1,8 trilhão escorrem pelos ralos somente para o pagamento de juros e parte da dívida pública”.
“O governo quer fazer economia especialmente às custas do trabalhador do Regime Geral de Previdência Social (INSS), que já sofre com os baixos salários e terá, no futuro, grandes perdas na aposentadoria” afirmou. “Não se pode esquecer que salários e proventos reduzidos diminuem o consumo, o que é péssimo para a economia”, prosseguiu Figueiredo.
Segundo o líder do PDT, “enquanto os bancos e a elite continuam lucrando, Bolsonaro quer cortar na carne do povo”. “O governo quer exigir que o trabalhador trabalhe 40 anos para ter direito a receber o teto da aposentadoria”, alertou o deputado. “A verdade”, prosseguiu ele, “é que o governo não liga se você vai trabalhar até morrer, ou se vai deixar para sua família uma renda até 60% menor. É isso o que eles querem”.
“Vão tentar te convencer que a ‘Nova Previdência’ é para todos e é melhor para o Brasil. Mentira. É a velha prática de retirar direitos de quem já não tem. Essa reforma não combate privilégios. Só aumenta as desigualdades. Seremos contra”, garantiu o deputado.
Ele lembrou que “o PDT reafirmou, em sua última convenção nacional, a posição de total rejeição à proposta de reforma da Previdência apresentada pelo governo”.
“É preciso deixar claro, porém, que o fechamento de questão contra o texto não se deu porque o partido é oposição, mas porque, além de confusa, a proposta não acaba com privilégios, como alardeado pelo governo, e atinge diretamente a base da sociedade brasileira, formada pelos trabalhadores das classes mais baixas, afetando mais fortemente ainda os trabalhadores rurais e as mulheres, especialmente as professoras”, completou o líder do PDT.