Centrão, por meio de análise dos dados das pesquisas eleitorais, percebeu que quando o candidato atacas as vacinas, apoiada por ampla maioria da população, ele perde votos
Bolsonaro não é um estúpido total, do contrário não teria chegado à Presidência da República. A partir desta compreensão não convém subestimá-lo. Essa regra é básica e segui-la é como conselho de mãe.
O presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à recondução ao Palácio do Planalto mudou, segundo a jornalista Andréia Sadi postou no blog dela, no portal G1, de estratégia eleitoral. Por ora, ele vai deixar de atacar as vacinas contra covid-19 e vai centrar fogo contra as urnas eletrônicas.
A mudança, segundo Sadi, a partir de informações colhidas por meio de fontes palacianas, é que a vacinação é “apoiada pela ampla maioria da população”, escreveu a jornalista. E isso faz Bolsonaro perder votos. Daí a mudança, por ora, com a anuência do núcleo da campanha da reeleição comanda pelo Centrão.
Assim, o “foco do comitê de reeleição de Bolsonaro é que ele ‘esqueça as críticas à vacina’ até a eleição — projeto que une militares que estão no governo e Centrão.”
CONVENCIMENTO
Bolsonaro topou mudar de rumo porque, segundo noticiou Andréia Sadi, “o diagnóstico foi apresentado a Bolsonaro que, embora se recuse a se vacinar, topou mudar de discurso de ataque”.
Será que Bolsonaro ainda não se vacinou? Isto não é crível!
Agora ele vai voltar as baterias contra as urnas eletrônicas, pois contra as vacinas, ele perde voto, segundo diagnostica o núcleo de campanha dele.
MUDANÇA DE RUMO, MAS NÃO DE ESTILO
Mudar o rumo da campanha, Bolsonaro topa. Mas ele, ainda segundo Sadi, “se recusa a abandonar o estilo bélico — e isso já foi incorporado na estratégia eleitoral que está sendo desenhada pelo Centrão”, com os filhos dele.
Diante do estilo agressivo e irascível do presidente, ministros políticos do governo “não se opuseram à estratégia de Bolsonaro de voltar a duvidar das urnas, por avaliar que o presidente faz acenos ao público fiel e também pelo impacto menor nas pesquisas do que o negacionismo”, avalia a jornalista.
Mas tudo tem limites, até para Bolsonaro, que aposta no vale tudo.
Os chamados ministros políticos, afirmam, todavia, a “Bolsonaro que ataques a ministros do Tribunal Superior Eleitoral e do Supremo Tribunal Federal passam dos limites — conselho que Bolsonaro ignora.
Isto apenas mostra que não se pode exigir muito de Bolsonaro. Uma coisa é mudar de rota, pois de estilo é mais complicado. Isso exigiria do chefe do Executivo algo que ele, por óbvio, não pode oferecer — inteligência emocional.