A Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) divulgou nota de repúdio a “condutas discriminatórias ocorridas ocorridas em audiência do caso ‘Mariana Ferrer'”, durante julgamento de estupro cometido contra a jovem. Veja no vídeo abaixo:
Por meio de sua Comissão Ajufe Mulheres, a entidade afirma que “vem a público repudiar a utilização de linguagem sexista e humilhante contra vítimas mulheres no âmbito do Poder Judiciário”.
“As mulheres brasileiras, infelizmente, já sofrem de forma rotineira múltiplas formas de violência e preconceito. Ao buscar a justiça, elas almejam não apenas a merecida reparação contra tais eventos, mas, antes de tudo, acolhimento e respeito à sua condição. Por isso, a invocação, em juízo, de estereótipos sexistas e que buscam estigmatizar a pessoa, traduz discriminação com graves repercussões institucionais, capaz de atingir a credibilidade de todo o sistema de justiça”.
“A Ajufe tem defendido ao longo dos anos a equidade entre homens e mulheres, seja fomentando a ascensão e a visibilidade femininas, seja atuando em prol da criação de protocolos que permitam o julgamento, com perspectiva de gênero, das diversas questões trazidas a juízo. Dessa forma, esperamos a institucionalização de diretrizes que evitem a reiteração de condutas discriminatórias intoleráveis e que os responsáveis por atos de agressão moral ou física sejam exemplarmente punidos”, conclui a nota, assinada pela Comissão AJUFE Mulheres e pelo presidente da Associação, Eduardo André Brandão de Brito Fernandes.