Principais passagens são as sugeridas pela Rússia a partir das cidades de Kiev, Kharkov, Mariúpol, Sumy e Chernígov
O Ministério da Defesa da Rússia anunciou nesta terça-feira (8) um “cessar-fogo temporário para retirada de civis a partir das sete da manhã” (fuso horário GMT) e a abertura de corredores humanitários nas cidades ucranianas de Kiev, Chernigov, Sumy, Kharkov e Mariupol. Na capital, as informações são coincidentes e apontam que os trens estão saindo totalmente lotados e chegando praticamente vazios.
Por sua parte, a vice-primeira-ministra da Ucrânia, Irina Vereschuk, anunciou que o seu lado está pronto para garantir o movimento de civis ao longo do corredor humanitário de Sumy a Poltava. Conforme o Russia Today, a ucraniana declarou que o corredor entrou em funcionamento assim que foi aprovado oficialmente pelo Ministério da Defesa russo em carta ao Comitê Internacional da Cruz Vermelha.
“O lado ucraniano está totalmente preparado para garantir o movimento ao longo da rota acordada. Informamos tanto a Cruz Vermelha quanto o lado russo sobre nossa prontidão”, assinalou a vice-primeira-ministra. Ao mesmo tempo, a dirigente especificou que estudantes estrangeiros, vários deles da Índia e da China, também poderão sair da cidade de Sumy, no nordeste ucraniano, pelo corredor humanitário e que o cessar-fogo será mantido das 9h às 21h.
Nos últimos três dias, a Rússia abriu corredores humanitários em várias cidades ucranianas. No entanto, o Ministério da Defesa russo denunciou que até às 13 horas de segunda-feira, o governo de Volodymyr Zelensky não havia cumprido nenhuma das condições estabelecidas para o seu funcionamento. Há inúmeras denúncias de que as forças neonazistas de Kiev não permitiam que os civis deixassem o país – utilizados como escudo humano – permanentemente mantidos sob ameaça em suas cidades de origem, particularmente na de Mariupol, dominada por Batalhões Azov integrados por nazistas.
Apesar das fotos e vídeos com multidões circulando pelos corredores e entrando em ônibus, Zelensky insistiu que os “orredores humanitários não estão funcionando”.
O presidente ucraniano está insatisfeito com o fato de diversas passagens levarem aos países vizinhos da Rússia e da Bielorrússia, dispostos a acolher os refugiados da Ucrânia.
Sem apresentar provas, Zelensky disse que são “os assassinos russos” quem vem desrespeitando o acordado e voltou a solicitar que os Estados Unidos e a União Europeia (UE) – que sabidamente tem um apreço descomunal pela vida, como já demonstraram na devastação de países como a Iugoslávia, o Iraque e a Líbia -, “façam mais” para ajudar seu regime impregando de nazistas russofóbicos ao ponto de quererem proibir a fala do russo no território da antiga república socialista soviética.
