Os motoristas da capital paulista conquistaram uma vitória esta semana. Após uma assembleia que reuniu 6 mil trabalhadores no último dia 29, que aprovou manifestações e paralisações da categoria caso a prefeitura não revogasse a portaria que permitia que os ônibus da cidade circulassem sem cobradores, o prefeito de São Paulo, Bruno Covas, aceitou a proposta do Sindmotoristas e revogou a medida.
“A pressão do Sindmotoristas teve efeito positivo e garantiu, mais uma vez, o emprego de 19 mil profissionais”, afirma o sindicato.
No dia 30, a Secretaria Municipal de Mobilidade e Transportes informou através de uma nota que, “após se reunir com representantes da SPTrans e do Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transportes Rodoviário Urbano de São Paulo, decidiu suspender a implantação de veículos sem o posto de cobrador nos novos ônibus na cidade de São Paulo”. Segundo a secretaria, o assunto “será debatido pela comissão criada para desenvolver um projeto de requalificação dos cobradores de ônibus”.
“O governante reconheceu que as medidas foram equivocadas e que o impacto social que elas causariam seria desastroso”, afirmou a direção do sindicato.
Ao informar a categoria sobre a decisão, em plenária realizada na tarde do dia 30, os dirigentes do Sindmotoristas enalteceram a importância da unidade da categoria e o empenho de toda a diretoria, bem como do deputado federal e presidente licenciado da entidade, Valdevan Noventa, e o presidente em exercício, Valmir Santana da Paz (Sorriso), na mobilização vitoriosa em defesa do emprego.
O presidente Sorriso disse que o sindicato “alcançou uma importante vitória, só que a luta não acabou”. Segundo ele, “novas batalhas virão e é preciso que a categoria permaneça unida e mobilizada para consolidar a vitória ao final da guerra”.
“Essa mobilização serve de exemplo que os condutores estão unidos e que fazem um sindicalismo diferenciado, forte e atuante”, afirmou o secretário geral da entidade, Francisco Xavier da Silva (Chiquinho).
