O procurador-geral da República, Augusto Aras, rejeitou o pedido para abrir uma investigação contra Jair Bolsonaro, tendo como alvo os cheques depositados por Fabrício Queiroz na conta da primeira-dama Michelle Bolsonaro.
Assessor do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), na época em que ele era deputado estadual pelo Rio de Janeiro, Queiroz, operador do esquema de rachadinha no gabinete de Flávio, fez transferências à primeira-dama no montante de R$ 89 mil.
Porém, segundo o chefe do Ministério Público, não haveria elementos de crime do presidente da República no caso.
Em manifestação enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF), Aras disse que “as espúrias ligações” envolvendo Flávio Bolsonaro e Fabrício Queiroz já foram alvo de denúncia pelo Ministério Público do Rio e que não houve durante as investigações notícia de crime cometido pelo presidente.
“Os fatos noticiados, portanto, isoladamente considerados, são inidôneos, por ora, para ensejar a deflagração de investigação criminal, face à ausência de lastro probatório mínimo”, alegou o procurador-geral ao solicitar que o STF arquive o pedido de apuração apresentado por um advogado.
Queiroz, que chegou a ser preso por suspeita de envolvimento em um esquema de desvio de recursos no gabinete de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio, depositou vários cheques na conta de Michelle Bolsonaro entre 2011 e 2018 – período em que é suspeito de operar a chamada “rachadinha”.
Além dos valores depositados por Queiroz, a mulher do ex-assessor parlamentar também fez repasses a Michelle em 2011.
Bolsonaro é amigo íntimo de Fabrício Queiroz. Parceiros de pescarias, ambos serviram juntos no 8º Grupo de Artilharia de Campanha Paraquedista, em 1984. Foi por essa grande amizade que Queiroz se tornou assessor de confiança do filho, Flávio Bolsonaro, quando era deputado estadual no Rio de Janeiro.
Senhor procurador Augusto Aras porque a Michelle Bolsonaro não pode ser investigada acerca da grana depositada por Queiroz em sua conta o povo quer saber.