Depois de um dia da emotiva despedida de Diego Armando Maradona, que reuniu mais de um milhão de argentinos, às 17:44 desta quinta-feira (26), o féretro do mais destacado futebolista do país começou a se deslocar desde o local onde foi velado por mais de 10 horas e rumo ao Cemitério da Paz, na localidade de Bella Vista, a 40 km de distância.
Durante todo o percurso do cortejo fúnebre havia pessoas acenando com bandeiras à passagem do corpo de Maradona. A área em torno do cemitério estava superlotada quando o carro que conduzia o astro chegou ao local.
As organizações populares Movimento Evita, La Cámpora e Barrios de Pie, ajudaram a conter a multidão que se atirava em direção ao carro fúnebre e sua escolta assim que o féretro saía da Casa Rosada.
Atendendo ao desejo da família, o último adeus ao craque se dá em uma cerimônia familiar com cerca de 25 pessoas no interior do cemitério. Ele ficará enterrado ao lado de seus pais Doña Tota (falecida em 2011) e Don Diego (morto em 2015).
A vice-presidente, Cristina Kirchner, cujo governo, assim como o de Nestor Kirchner contou com seu apoio, chegou à sede da Presidência argentina às 14:30 para se despedir de Maradona. Cristina chegou à Casa Rosada, vinda do Senado onde houve uma homenagem ao “Diez” (um dos apelidos pelos quais os argentinos carinhosamente o tratavam). A vice-presidente depositou um rosário sobre o ataúde de Maradona.
Durante o dia, os argentinos presentes ao centro de Buenos Aires, lotando as avenidas Mayo e 9 de Julio, alternavam momentos de silêncio da comoção inicial, aos poucos substituídos por cânticos das diversas torcidas das equipes argentinas e palavras de ordem saudando o jogador. As camisetas e bandeiras do Boca Juniors, River, Racing, Estudiantes, Argentinos Juniors e de demais clubes, junto com bandeiras da Argentina e painéis com a face de Maradona fizeram o colorido da despedida ao mais popular dos astros do país vizinho.
Vez por outra, autofalantes espalhados pela praça repassavam o áudio da narração do segundo gol de Maradona na vitória sobre a Inglaterra na Copa do Mundo de 1986, na voz de Victor Hugo Morales.
“Gracias por todo Diego” (Obrigado por tudo Diego) era uma das declarações mais ouvidas nas praças em torno da Casa Rosada.
