Faturamento, emprego, rendimento, massa salarial e horas trabalhadas ficaram no vermelho
A atividade da indústria encerrou 2019 em queda, apontou o indicador mensal da Confederação Nacional da Indústria (CNI) que avalia variáveis como faturamento, emprego, renda e utilização da capacidade instalada para medir o nível de atividade do setor produtivo.
A síntese da pesquisa que levantou dados de dezembro do ano passado foi de que o ano se encerrou “com dados majoritariamente negativos”.
“O resultado reforça o fraco desempenho da atividade industrial no ano, em especial no mercado de trabalho”, diz a CNI.
Emprego industrial
O indicador de emprego industrial acumulou variações negativas ao longo de todo 2019. No último mês do ano, houve recuo de 0,8% sobre o mesmo mês de 2018 e de 0,1% sobre novembro.
Faturamento real
O faturamento real da indústria sofreu queda em dezembro sobre o mês anterior de -1% após ajuste sazonal. O ano se encerrou com queda acumulada de -0,8% na comparação com 2018.
Horas trabalhadas
As horas trabalhadas na produção também caíram 1% em dezembro na comparação com novembro. No ano, este indicador caiu em 8 meses dos 12 – acumulando redução de 0,5% sobre 2018.
Rendimento médio
O ano se encerrou com dados negativos também no que se diz respeito ao rendimento médio real pago aos trabalhadores: -1,5% no ano e queda de -1,5% em dezembro sobre novembro.
Massa Salarial
A massa salarial ficou praticamente estagnada em 0,1% em dezembro na comparação com novembro, após ajuste sazonal, mas também encerrou o ano com resultados negativos: queda de 4,9% na comparação entre dezembro de 2019 e de 2018, e queda de 1,9% no ano.
Utilização da Capacidade Instalada
O índice que mede o uso do maquinário instalado sugere ociosidade de 22,3% da capacidade instalada das indústrias brasileiras. De acordo com a pesquisa, em dezembro de 2019 as fábricas estavam operando com 77,7% de sua capacidade (UCI- Utilização da Capacidade Instalada).
“O fraco resultado de dezembro nos lembra que a indústria enfrenta dificuldades para manter um ritmo mais forte e sem interrupções de retomada da atividade”, destacou Marcelo Azevedo, economista da CNI.
Segundo dados divulgados pelo IBGE, nesta terça-feira (4), a produção física da indústria brasileira caiu 1,1% em 2019 em relação a 2018.
