Em nota divulgada nesta quarta-feira (8), o presidente da Força Sindical, Miguel Torres, criticou a redução tímida da taxa básica de juros de 0,25% que mantém o Brasil entre os países com juros mais altos do mundo. Como resultado da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), encerrada também nesta quarta-feira, a taxa de juros se manteve em dois dígitos, com 10,50% ao ano, sendo 6,54% de juro real.
“Mais uma vez o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central frustra os trabalhadores e se curva aos especuladores. Tragicamente, também em nosso país estamos reféns dos poderosíssimos interesses dos rentistas”, diz a nota.
Para a entidade, o atual patamar “é um verdadeiro prêmio aos especuladores e uma ‘extorsão para os brasileiros e o setor produtivo’”.
“Os juros continuam proibitivos, e o Brasil perde outra chance de apostar na produção, consumo e geração de empregos”, argumenta a nota.
A central destaca, ainda,8 que os juros altos sangram o país e inviabilizam o desenvolvimento, impedindo os investimentos em infraestrutura, saúde, educação e demais políticas públicas ao consumir e restringir o orçamento da União.
“Essa nefasta política, infelizmente, resulta em queda da atividade econômica, deteriora o mercado de trabalho e a renda, aumenta o desemprego, diminui a capacidade de consumo das famílias e compromete em muito o crescimento econômico”, conclui a nota.