Sucessão de acidentes eleva desconfiança na gestão negligente, quanto à segurança, no fabrico de aviões. Ações da Boeing despencaram 30% no decorrer deste ano
A Boeing, enfrenta um período de fiasco nas vendas. Desde maio deste ano, a empresa norte-americana de aviação teve apenas quatro pedidos por novos aviões do modelo 787 Dreamliner e nenhuma solicitação para o 737 Max, antes um campeão de vendas. Isso é resultado de uma série de escândalos e acidentes da empresa.
Em maio de 2023, a Boeing teve 69 pedidos de fabricação de jatos. A Boeing apresentou uma queda em vendas de 36% se comparado com os mesmos primeiros cinco meses do ano passado (142 pedidos). Em abril deste ano, a empresa recebeu apenas 7 pedidos.
Em 5 de janeiro, um pino de porta do 737 da Boeing estourou em pleno voo da Alaska Airlines, gerando um série de investigações dos órgãos de regulação da aviação nos EUA sobre como a Boeing aborda a segurança e manufatura dos aviões. O governo americano botou limites na fabricação do 737 Max.
Também houve uma série de denúncias de funcionários de que a Boeing estaria tomando atalhos para que a fabricação de seus aviões seja mais rápida e mais barata e, para tanto, eles estariam falsificando relatórios de inspeção de jatos 787 Dreamliner.
As ações da Boeing tiveram queda de 3% no pregão da tarde em 11 de junho por causa das poucas vendas de abril e, só no ano, já experimentam uma queda de 30%.
