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A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) lançou uma nota pública em que convoca os trabalhadores de todo o país, dirigentes sindicais e lideranças políticas a cerrarem fileira na luta contra o governo Bolsonaro e “redobrarem os esforços de mobilização para os atos unificados convocados para o dia 20 de novembro”.
A resolução política intitulada “Mobilização total contra Bolsonaro” foi aprovada pela direção executiva nacional da entidade em reunião no último dia 10.
“A campanha Fora Bolsonaro continua na ordem do dia. Urge intensificar a luta para isolar ainda mais o líder da extrema direita brasileira, denunciar a obra de destruição do Estado nacional que seu governo está promovendo, fortalecer a unidade da oposição e construir a frente ampla em defesa da democracia”, diz a nota da CTB.
A entidade destaca que o governo Bolsonaro tem tido um alto custo para o Brasil e para os brasileiros, com prejuízos altíssimos para a educação, a pesquisa, a ciência e que “o presidente persiste na política negacionista ao mesmo tempo em que radicaliza o projeto entreguista e a ofensiva contra os direitos da classe trabalhadora”.
“A realidade brasileira é de estagflação, que é inflação alta (nos últimos 12 meses temos acumulados 10,25%) com estagnação da economia (registra-se queda de 4,93% na projeção de crescimento), um desemprego que somado ao subemprego atinge 40 milhões de pessoas e fome que gera uma insegurança alimentar para 20 % da população, flagelo que poderia ser combatido com investimentos públicos na agricultura familiar e na reforma agrária”, aponta o documento.
A entidade critica ainda a política criminosa de Bolsonaro para o meio ambiente, a portaria do governo que retira a obrigatoriedade de vacinação para os trabalhadores, “dando nova demonstração de sua oposição irresponsável à vacina e seu alucinado conluio com a doença e a morte”; sua atuação pública em defesa dos armamentos, e “seu discurso e ações racistas, misóginas, lgbtqifobicas de desmonte dos aparatos de acesso a direitos e sua associação às milícias e ao lado mais corrupto das forças repressivas do Estado”.
De acordo com a CTB, “além de bravatas e mentiras, Bolsonaro constrói ativamente a fome que avança, a carestia que corrói o valor real dos salários, o desemprego e o desalento que afligem a vida do povo trabalhador. Para piorar, o governo acena alterar o Artigo 7º da Constituição para permitir que adolescentes trabalhem em tempo parcial e não mais como aprendizes. A medida vai profundar as desigualdades e o êxodo dos adolescentes dos bancos escolares”.
A entidade denuncia ainda que o governo “acena agora com o projeto Auxílio Brasil, que funcionará pelo prazo de um ano com o propósito de viabilizar sua reeleição em 2022 e ampliar sua bancada no Congresso”, ao mesmo tempo em que extingue o programa Bolsa Família.
E acusa o governo de usar a criação do Auxílio Brasil “para engordar o chamado orçamento paralelo através da PEC dos precatórios, destinando bilhões da União a seus aliados no Parlamento para emendas no ano eleitoral”.
“O orçamento paralelo é um escândalo que afronta a Constituição, desperta forte indignação em amplos setores da sociedade e foi condenado pelo STF”, diz a nota.
A entidade reitera que, “de um lado, a fila do osso, as famílias pobres buscando alimento no lixo, o desemprego, a cruel carestia, a redução do poder aquisitivo dos salários, a desindustrialização, o teto de investimentos em saúde, educação e políticas sociais e de outro, o aumento da taxa de juros e os gastos ilimitados, ilegítimos e imorais com o serviço da dívida pública para o qual não há teto de gastos e que consome mais de 30% do orçamento do nosso país”.
Segundo a resolução, “diante deste quadro a Direção Executiva Nacional da CTB reitera a centralidade da campanha Fora Bolsonaro na luta política e orienta militantes e dirigentes em todo o país a redobrar os esforços de mobilização para os atos unificados convocados para o dia 20 de novembro”.