O Conselho Indigenista Missionário (Cimi) divulgou no domingo (28), nota condenando o ataque de garimpeiros aos índios da etnia Wajãpi e cobrou de Bolsonaro o respeito à Constituição. Segundo órgão, vinculado à igreja Católica, a política de Bolsonaro de incentivo à agressão e ao ódio contra os povos indígenas, contribuiu para o ataque de garimpeiros.
“O Cimi exige que o presidente Bolsonaro respeite a Constituição Brasileira e pare imediatamente de fazer discursos preconceituosos, racistas e atentatórios contra os povos originários e seus direitos em nosso país”, destaca a nota.
Abaixo, a nota do Cimi:
O Cimi recebe com imensa preocupação e pesar as notícias de ataque de garimpeiros e assassinato de uma liderança do povo Wajãpi, no estado do Amapá.
Os discursos de ódio e agressão do presidente Bolsonaro e demais representantes de seu governo servem de combustível e estimulam a invasão, o esbulho territorial e ações violentas contra os povos indígenas em nosso país.
Esperamos que os órgãos e autoridades públicas tomem medidas urgentes, estruturantes e isentas politicamente para identificar e punir, na forma da lei, os responsáveis pelo ataque aos Wajãpi. Esperamos também que o governo Bolsonaro adote medidas amplas de combate à invasão e esbulho possessório das terras indígenas no país.
Por fim, o Cimi exige que o presidente Bolsonaro respeite a Constituição Brasileira e pare imediatamente de fazer discursos preconceituosos, racistas e atentatórios contra os povos originários e seus direitos em nosso país.
Respeite os povos indígenas, presidente Bolsonaro.
Conselho Indigenista Missionário – Cimi Brasília, 28 de julho de 2019