Bolsonaro deve respeitar a Constituição e parar de incentivar ataques contra indígenas, diz Cimi

Cacique Enyra Wajãpi, morto após invasão de garimpeiros em terra indígena no Amapá - Foto: 342 Amazônia

O Conselho Indigenista Missionário (Cimi) divulgou no domingo (28), nota condenando o ataque de garimpeiros aos índios da etnia Wajãpi e cobrou de Bolsonaro o respeito à Constituição. Segundo órgão, vinculado à igreja Católica, a política de Bolsonaro de incentivo à agressão e ao ódio contra os povos indígenas, contribuiu para o ataque de garimpeiros.

“O Cimi exige que o presidente Bolsonaro respeite a Constituição Brasileira e pare imediatamente de fazer discursos preconceituosos, racistas e atentatórios contra os povos originários e seus direitos em nosso país”, destaca a nota.

Abaixo, a nota do Cimi:

O Cimi recebe com imensa preocupação e pesar as notícias de ataque de garimpeiros e assassinato de uma liderança do povo Wajãpi, no estado do Amapá.

Os discursos de ódio e agressão do presidente Bolsonaro e demais representantes de seu governo servem de combustível e estimulam a invasão, o esbulho territorial e ações violentas contra os povos indígenas em nosso país.

Esperamos que os órgãos e autoridades públicas tomem medidas urgentes, estruturantes e isentas politicamente para identificar e punir, na forma da lei, os responsáveis pelo ataque aos Wajãpi. Esperamos também que o governo Bolsonaro adote medidas amplas de combate à invasão e esbulho possessório das terras indígenas no país.

Por fim, o Cimi exige que o presidente Bolsonaro respeite a Constituição Brasileira e pare imediatamente de fazer discursos preconceituosos, racistas e atentatórios contra os povos originários e seus direitos em nosso país.

Respeite os povos indígenas, presidente Bolsonaro.

Conselho Indigenista Missionário – Cimi Brasília, 28 de julho de 2019

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