“O governo Bolsonaro, sem a menor sombra de dúvida, foi o pior governo da história do Brasil”, afirmou o vereador de Araraquara, Guilherme Bianco (PCdoB), ex-diretor da UNE e integrante do Conselho Consultivo do Grupo de Trabalho para a Juventude no governo de transição do presidente Lula.
Ao analisar a situação do país para a juventude, Bianco ressalta “não só por seu caráter autoritário e absolutamente fascista. Mas um caráter anti-patriótico e anti-povo. Se a gente observar todas as políticas tem sido no sentido de prejudicar a vida de quem mais precisa, de prejudicar o trabalhador, a pessoa em situação de vulnerabilidade e a juventude sofreu mais”.
“Proporcionalmente o desemprego na juventude é maior do que a média da população brasileira. Hoje o jovem sai da universidade e não tem acesso ao mercado de trabalho. Então o governo Bolsonaro, ele tem essa característica de prejudicar muito, ser muito prejudicial pro povo trabalhador, pro povo brasileiro, pra juventude também”.
O vereador ressaltou que o atual governo esconde as informações referentes à juventude e dificulta o trabalho do governo da equipe de transição. “E é importante que se ressalte que até agora, até o exato momento, a Secretaria Nacional de Juventude atual não passou nenhum documento oficial solicitado pela comissão de transição, então tudo que está se discutindo até agora é com base em pesquisas e estudos a partir do portal da transparência. Então a gente não tem nada oficial até agora”.
DIAGNÓSTICO
Guilherme ainda denunciou que o Enem 2023 ainda não tem orçamento previsto. “O que a gente pode dizer até o momento de forma bastante prévia antes de entregar o relatório é que uma série de áreas prioritárias estão sem nenhum fomento, sem nenhum orçamento previsto pro ano que vem. Por exemplo, a própria prova do Enem não consta no orçamento do ano que vem. Então, se o Bolsonaro continuasse sendo presidente, a execução da prova, do exame do Enem estava em risco. Então, a gente consegue tirar esse diagnóstico da política aplicada pelo Bolsonaro. Que dá muito aos ricos e nada aqueles que mais precisam” apontou o vereador.
O parlamentar destaca que o “o governo do Lula será um governo de reconstrução nacional de repactuação democrática. A vitória que a gente conquistou nas urnas se deu por uma ampla frente democrática dos mais diversos e mais variados partidos de movimentos. Nessa frente ela passava, João Amoêdo, Fernando Henrique Cardoso, Simone Tebet, Ciro Gomes, até PCdoB, PSOL, de partidos mais alinhados à esquerda”.
Para Guilherme o “diálogo que Lula tem proposto da gente conseguir reconstruir o Brasil, voltar a debater um projeto de desenvolvimento nacional, que está na ordem do dia inclusive, esse debate leviano entre a responsabilidade fiscal e a responsabilidade social demonstra que é possível a gente pensar um outro Brasil, um Brasil diferente, um Brasil que efetivamente consiga investir em políticas públicas, que consiga combater a fome, combater a miséria, combater a pobreza, volte a gerar emprego, a formar nossa juventude, a reindustrializar o nosso país”.
DEMANDAS URGENTES
O vereador defendeu que “o governo do Lula tem que ser primeiro, um governo que dê conta das demandas urgentes da população, e me parece que hoje, o Brasil sair do mapa da fome, tirar essas trinta e três milhões de pessoas que hoje estão em situação de miséria, de fome, é emergente. É urgente que a gente tome medidas drásticas para reverter esse quadro, para que a gente possa voltar a pensar num país que seja efetivamente solidário”
“O governo do Lula, tem que ser tocado como foi tocado na campanha. Com muito diálogo, com muita calma, com um programa muito pactuado. Os conjuntos dos atores políticos com as mais diversas forças de norte a sul do país. E também tem esse caráter de reconstrução nacional. Retomar o verde amarelo para a mão de todos os brasileiros, de todas as brasileiras, para que a gente volte a ter orgulho do país, que a gente volte a acreditar na democracia, acreditar na ciência e conseguir sonhar com dias melhores para todos e todas”.
Segundo o parlamentar, o objetivo do GT de juventude é fazer um raio-X, apresentar um diagnóstico de todas as políticas realizadas pela Secretaria Nacional de Juventude nos últimos quatro anos.
Guilherme aponta ainda que algumas pautas serão levantadas, com muita centralidade. “A primeira delas é a baixa execução orçamentária. Se a gente for observar, o governo Bolsonaro retirou, quase na sua totalidade, o dinheiro que era destinado para Secretaria Nacional de Juventude passando para outras áreas. Deixando desguarnecida a juventude brasileira de programas e políticas públicas das mais diversas áreas, seja de transferência de renda, seja combate à pobreza, seja de combate à evasão escolar, de você conseguir inserir o jovem no mercado de trabalho”. Ainda de acordo com o parlamentar, “todas as políticas públicas que haviam feito mudanças na vida do jovem brasileiro, efetivamente deixaram de existir”.