O Brasil terminou as Paralimpíadas de Tóquio na sétima colocação do quadro geral de medalhas e igualou a melhor posição do país em uma edição dos Jogos. Foram 22 ouros, 20 pratas e 30 bronzes. Em Londres-2012, a delegação brasileira também ficou em sétimo.
Com a 22ª medalha de ouro em Tóquio, o país ainda ultrapassou o recorde de douradas em uma edição dos Jogos. A antiga melhor marca era de 21 ouros, conquistados em 2012.
Na capital japonesa, o Brasil totalizou 72 medalhas e igualou a maior quantidade de pódios em uma Paralimpíada. Na Rio-2016, o país também levou 72 medalhas, mas com apenas 14 ouros.
A delegação brasileira ainda teve a chance de estabelecer um novo recorde com a 73ª medalha, mas bateu na trave duas vezes no último dia dos Jogos de Tóquio.
Na maratona da classe T12, Edneusa Jesus Santos, bronze no Rio-2016, era terceira colocada até os 30km, mas caiu de rendimento nos quilômetros finais e terminou em quarto.
Mais tarde, Vitor Tavares foi o último brasileiro em ação em Tóquio e perdeu para o britânico Krysten Coombs na disputa pelo terceiro lugar da classe SH6 do parabadminton.
Mesmo sem levar mais nenhum ouro no último dia, o Brasil conseguiu assegurar a sétima posição no quadro de medalhas. Única candidata a pegar a posição, a Austrália também não conseguiu mais nenhum ouro, nem nas maratonas nem no tiro esportivo, e ficou atrás. Dessa forma, o Brasil repete Londres-2012, a melhor colocação histórica do País em Jogos Paralímpicos.
Ao menos 297 pessoas ligadas à Paralimpíada testaram positivo para o coronavírus desde que o Comitê Paralímpico Internacional (IPC) passou a divulgar o balanço, no dia 12 de agosto.
A maioria dos infectados foi de residentes ou trabalhadores japoneses, embora alguns atletas também tenham testado positivo. A avaliação do IPC é que mesmo com a situação ruim do Japão na pandemia, com Tóquio e outras cidade batendo recorde de casos, isso não afetou a realização dos Jogos.
Cerimônia de encerramento
Ao som de “What a Wonderful World” (que mundo maravilhoso), a chama das Paralimpíadas foi apagada neste domingo. A canção eternizada na voz de Louis Armstrong refletiu o desejo de um mundo melhor e mais inclusivo para as pessoas com deficiência. Ao se despedir dos Jogos na cerimônia de encerramento, Tóquio celebrou a diversidade e deixou uma mensagem de esperança em uma festa de muitas cores e ritmos.
Depois de 12 dias de disputas nas arenas de Tóquio, os japoneses deram adeus aos Jogos em grande estilo. Sem a presença de público por causa da pandemia do coronavírus, os atletas paralímpicos se reuniram no estádio de Tóquio para um show de luzes e músicas. A canção “What a Wonderful World” foi arrebatadora no fim da festa, interpretada pelos japoneses Atsushi Okuno e Yuina Koshio, pessoas com deficiências.
Assim como no encerramento das Olimpíadas, houve uma cerimônia simbólica de passagem de bastão. A governadora de Tóquio, Yuriko Koike, entregou a bandeira do Comitê Paralímpico Internacional (IPC) para o brasileiro Andrew Parsons, presidente do IPC, que passou o pavilhão para Anne Hidalgo, prefeita de Paris. A contagem regressiva para os Jogos de 2024 começou: faltam 1.088 dias.
Maior medalhista paralímpico da história do Brasil, Daniel Dias fez seu último ato em Paralimpíadas. O nadador de 33 anos disse adeus aos Jogos somando três bronzes em Tóquio para a coleção agora de 27 medalhas. Ele teve a honra de ser o porta-bandeira brasileiro na festa de encerramento para se despedir.
Daniel Dias ainda voltou à cena para ser empossado como novo representante eleito do Conselho de Atletas do IPC. Além do brasileiro, foram eleitos a italiana Martina Caironi (atletismo), a cubana Omara Durand (atletismo), o japonês Takayuki Suzuki (natação), a holandesa Jitske Visser (basquete sobre cadeira de rodas) e a iraniana Zahri Nemati (tiro com arco).