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A terça-feira (16) foi marcada pelo início das ações de campanha eleitoral no Rio de Janeiro. Durante a manhã, em frente ao prédio da Fundação Ceperj (Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores do Estado do Rio de Janeiro), em Botafogo, foi colocado um fantasma inflável de 8 metros de altura.
Em seguida, um carro com caça-fantasmas – pessoas trajadas como os personagens do famoso filme de 1984 – foi para o Palácio Guanabara, sede oficial do governo em Laranjeiras. A ação, que faz parte da campanha do candidato a governador Marcelo Freixo (PSB), faz alusão ao escândalo sobre cerca de 18.000 funcionários fantasmas que receberam quase R$ 226,5 milhões sem transparência pelo governo estadual.
Essas contratações eram feitas em forma de RPA (Recibo de Pagamento Autônomo), sem contracheque, por meio de saques de dinheiro feitos “boca do caixa”. O esquema de corrupção virou alvo de investigação do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), que apresentou uma ação civil pública pedindo a suspensão de novos contratos e a divulgação de todos já realizados, incluindo as remunerações e os projetos governamentais envolvidos no site da fundação.
Até o momento, as informações não constam no portal da Ceperj. O prazo da Justiça para que a transparência seja efetivada é até a próxima segunda (22).
Cláudio Castro teria criado cargos fantasmas em troca de apoio político nas eleições, usando para isso o dinheiro oriundo da criminosa privatização da companhia de abastecimento, a Cedae. Os servidores fantasmas sacavam seus salários, em espécie, na boca do caixa, mas não cumpriam funções na Ceperj. O mesmo acontecia no projeto social Casa do Trabalhador, onde foram criados cerca de nove mil cargos fantasmas.