Em entrevista ao HP, na manhã desta quinta-feira (9), Carlos Alberto Litti Dahmer, líder dos caminhoneiros no Rio Grande do Sul e vice-presidente da CNTTL (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transporte e Logística), afirmou que “as principais lideranças dos autônomos estão fora dessa bagunça promovida pelo desgoverno Bolsonaro”, em relação aos bloqueios que ocorrem desde a noite de ontem (8).
Litti afirmou que essas paralisações são “uma armação do agronegócio e das empresas de transporte, que investiram muito dinheiro nesse movimento”.
Além da CNTLL, a Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores (Abrava), o Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC), a Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), a Associação Nacional de Transporte do Brasil (ANTB) e a Federação dos Caminhoneiros Autônomos de Carga em Geral do Estado de São Paulo (Fetrabens-SP), também informaram que não apoiam o movimento.
“O pessoal já percebeu a furada que entrou. Bolsonaro jogou a turma no fogo e saiu fora. Essa é a segunda vez que trai os caminhoneiros. A primeira vez, após eleito com os votos dos caminhoneiros, não deu seguimento à negociação com a categoria”, afirmou.
Litti Dahmer afirmou também que “Bolsonaro não tem nenhum compromisso com a pauta. É o principal responsável pela alta dos preços da gasolina e do óleo diesel. Quer vender aqui pelo mesmo preço vendido lá fora, em dólar. Está se lixando para o caminhoneiro autônomo, que não tem mais condições de trabalhar, e muitas vezes perde o caminhão por isso”, ressaltou.