As centrais sindicais decidiram se unir aos movimentos negros e populares no próximo dia 20 de novembro, data em que se celebra o Dia da Consciência Negra, nas manifestações que vão ocorrer em todo o país em defesa da igualdade racial, da vida, da democracia, contra o desemprego, a carestia, a fome e contra o governo Bolsonaro.
Em nota divulgada na quarta-feira, as centrais Força Sindical, CUT, CTB, NCST, CSB, CSP-Conlutas, Intersindical, Pública, Central do Servidor e Intersindical Instrumento de Luta, afirmam que “a população negra é maioria entre os desempregados e também entre aqueles nos postos de trabalho mais precários e informais. A periferia dos grandes centros urbanos marcada pela moradia precária, pela ausência de infraestrutura social e pela carência de políticas públicas é majoritariamente negra. É por isso que o descaso no combate à pandemia, o aumento da fome, do desemprego, a alta geral dos preços e o consequente caos econômico e social pelo qual passa o país impactam, primeiramente e com mais intensidade, à população negra e pobre”.
Apontando que a classe trabalhadora brasileira é majoritariamente negra, as centrais afirmam que é por isso que o movimento sindical irá às ruas em todo o Brasil neste sábado.
“Junto com a população negra e com todas as pessoas comprometidas com a defesa da igualdade racial, da vida, da democracia, contra o desemprego, a carestia e a fome”, afirmam.
“A ação, a inércia e as posições do presidente da República e de seus aliados reacionários reforçam e apoiam a violência e a hostilidade que discriminam, agridem e matam corpos pretos todos os dias, ao mesmo tempo em que negam e tornam invisíveis o caráter estrutural do racismo no Brasil”, diz a nota convocatória.
As centrais reiteram que “superar o racismo é uma exigência fundamental para a construção de uma sociedade verdadeiramente democrática e justa”.
E afirmam que “garantir o direito ao trabalho decente e protegido para a população negra é um dos caminhos para a reparação de uma história de exclusão e desigualdade e garantia de um futuro diferente”.
Para as entidades, “dar fim ao governo criminoso e racista de Jair Bolsonaro é um requisito essencial para que o país possa reencontrar o rumo do desenvolvimento com igualdade e justiça social”.