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As centrais sindicais Força Sindical, CUT, CTB, UGT, CSB, Nova Central, Central Pública e Intersindical, vão sair às ruas na próxima terça-feira (20) contra os juros altos praticados pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.
Os atos devem acontecer em várias cidades do país, para “chamar atenção da sociedade e sensibilizar os membros do Copom (Comitê de Políticas Monetárias) do Banco Central quanto a urgência da redução da Taxa Selic que hoje está em 13,75%”, afirma a nota das centrais.
A campanha pela redução dos juros também tem força entre os empresários. Nesta semana, a empresária Luiza Helena Trajano, do Magazine Luiza, fez duras críticas ao atual nível da taxa básica de juros (Selic), em 13,75% ao ano. “A nossa realidade é diferente, o varejo puxa tudo, a indústria, a produção. Estamos tendo excesso de produto, as indústrias não têm onde colocar, nem sempre esse remédio amargo também resolveu a inflação. Já tivemos muito remédio amargo, se estou defendendo é pela pequena e média empresa. Queria pedir, por favor, para dar um sinal de [que vai] baixar esses juros”, afirmou Trajano.
Para o presidente da Força Sindical, Miguel Torres, “é urgente a imediata redução da taxa de juros e a implementação de uma política que priorize a retomada do investimento, o crescimento da economia e a geração de emprego”.
Conforme o presidente da CTB, Adilson Araújo, “essa é, provavelmente, uma das principais lutas a serem travadas no momento”. “Não é possível conceber que, diante da dificuldade que passa a nossa gente, o Brasil siga correspondendo a uma das maiores taxas de juros do planeta”, disse o sindicalista.
“A manutenção das mais altas taxas de juros do planeta Terra se constitui em um ato irresponsável e de claro boicote ao esforço governamental e empresarial, mas principalmente às lutas e reivindicações das organizações sindicais. Irresponsabilidade que explicita o erro de conferir autonomia a um Banco Central, cujo presidente é fiel ao governo anterior, que aposta no fracasso do atual governo, e inimigo do povo brasileiro”, diz trecho de nota publicada pela CUT após a última reunião do Copom, no dia 3 de maio, que manteve a taxa no patamar elevado.
Em São Paulo, o ato acontece às 10 horas em frente ao prédio do Banco Central, na Avenida Paulista.