Na luta pela revogação da reforma Trabalhista, que alterou e extinguiu mais de cem artigos da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), retirou direitos dos trabalhadores e promoveu o emprego precário, as centrais sindicais, sindicatos e associações estão promovendo o movimento “Revoga Já – Nenhum Trabalhador sem Direitos”, que será lançado em Porto Alegre, no próximo dia 22.
Guiomar Vidor, presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil no Rio Grande do Sul (CTB-RS), umas das centrais organizadoras do ato, destaca que o objetivo da campanha “é demonstrar que, depois de 5 anos, a reforma trabalhista trouxe mais malefícios do que benefícios, trouxe o trabalho precário, a limitação à Justiça do Trabalho. A reforma colocou uma visão de que a lei fica de lado nas negociações coletivas, prevalecendo o negociado, enfraqueceu os sindicais, tanto laborais quanto patronais”.
“E por isso defendemos a revogação da reforma. Defendemos um novo modelo de organização no mundo do trabalho, que atenda as novas relações, mas que fortaleça o movimento sindical, resgate os direitos que foram retirados e incentive a geração de empregos, acompanhados de direitos”, ressaltou Guiomar.
O evento debaterá temas como “ A luta pela revogação dos marcos regressivos da Reforma Trabalhista” e “Os impactos da reforma nas relações de trabalho e na Justiça do Trabalho”, e terá como convidados a ministra do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Delaíde Arantes, e o presidente da Amatra IV (Associação dos Magistrados de Justiça do Trabalho), Thiago Mallman Sulzbah.
“O mercado interno foi desintegrado e a renda pública foi colocada em risco, sobretudo o orçamento da Previdência Social, e os 6 milhões de empregos não foram gerados como prometido”, diz o convite para o debate. “Com Jair Bolsonaro, o caos só piorou, através de diversas medidas provisórias prejudiciais”, afirma.
O evento acontece no dia 22 de junho, com abertura às 14h, na Rua dos Andradas, 1234 – 8º andar (Edifício Santa Cruz).
