As centrais sindicais, junto com entidades dos movimentos sociais e políticos, realizaram nesta quarta-feira (26) um ato em frente ao Congresso Nacional em defesa do auxílio emergencial de R$ 600, pela vacinação de toda a população e contra a fome e a carestia.
O ato, mesmo presencial, seguiu todos os protocolos sanitários “em respeito à vida, à ciência e às famílias de quase meio milhão de pessoas que morreram em consequência do negacionismo e incompetência do governo federal”.
“Estamos nessa luta contra a carestia, pela vacina e auxílio de R$ 600. Estamos também apresentando ao Congresso Nacional a nossa agenda prioritária em defesa dos trabalhadores, no sentido de ampliar o auxílio, garantir emprego, direitos e renda”, afirmou Miguel Torres, presidente da Força Sindical.
Os presidentes das centrais sindicais entregaram aos presidentes da Câmara (Arthur Lira) e do Senado (Rodrigo Pacheco) a primeira Agenda Legislativa das Centrais Sindicais para a Classe Trabalhadora. O documento foi elaborado em conjunto com o Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) e, segundo informação das centrais, traz o posicionamento e faz propostas do movimento sindical a 23 projetos em tramitação na Câmara dos Deputados e Senado.
Para Ubiraci Dantas de Oliveira (Bira), presidente da CGTB, a vacinação é o único caminho para evitar o avanço das mortes no país e a superação da crise.
Bira afirmou que “já são mais de 70 milhões de trabalhadores desempregados, subempregados, e na economia informal. Enquanto isso, o governo quer privatizar nossas estatais estratégicas, quer destruir as conquistas dos trabalhadores. Mas, a hora dele está chegando. Nosso país não está fadado ao fracasso, o Brasil é uma grande nação fruto do trabalho do povo brasileiro e vamos unir todos aqueles que são contra Bolsonaro, que defendem a democracia para derrotar esse Bolsonaro”, afirmou.
Presente no ato, a deputada Federal Alice Portugal (PCdoB-BA) disse que “estamos aqui com todas as regras sanitárias, com distanciamento e máscaras porque a luta contra o negacionismo é ampla, mas não podemos deixar de nos manifestar. Bolsonaro fez da fome a principal parceira da pandemia e a morte está em descontrole no Brasil. O país sofre com o desemprego, sofre com o empobrecimento da população e eles rebaixam o auxílio emergencial para R$150!”
Aristides Veras dos Santos, presidente da Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura), afirmou durante sua intervenção no ato que “precisamos garantir a vacinação da população brasileira. Para que o Brasil volte à normalidade é preciso de vacina, investimento na agricultura familiar e geração de emprego e renda.”
Jandira Feghali (PCdoB-RJ), condenou a reforma administrativa, que “quer destruir o Estado brasileiro. O SUS é serviço público, a escola pública é serviço público e, inclusive, as Forças Armadas são serviços públicos e nós precisamos dizer que essa não é a nossa política. Precisamos dizer que esse governo é de fato um genocida e nós defendemos a vida”, afirmou a deputada.
A deputada Érika Kokay (PT-DF) enfatizou a importância “deste ato em defesa da vida, em defesa do Brasil e que eles [ governo Bolsonaro] querem tirar do povo brasileiro.” Kokay denunciou a tentativa do governo de privatizar a Eletrobrás. “Quem imaginaria que eles tentariam privatizar a Eletrobrás? A Eletrobrás é do povo brasileiro e continuará a ser porque nós não vamos permitir que ela seja arrancada e colocada numa bandeja para ser entregue ao capital internacional”, disse.