No marco do seu novo plano de economia digital, a China afirmou ter realizado na semana passada uma transmissão sem fio de sexta geração a uma velocidade de 206,25 gigabits por segundo – laboratório – pela primeira vez na história.
Apoiado pelo governo, o instituto Purple Mountain Laboratories, com a equipe de pesquisa liderada pelo professor You Xiaohu, assinala que enquanto se espera que a rede de comunicação 5G aumente o movimento de transmissão de dados para 1.100 Mb/s, a projeção é que a 6G seja até 100 vezes mais rápida nas condições de funcionamento em serviço.
Em todo o mundo, o número de pedidos de patente 6G ultrapassou a 38 mil, com a China respondendo por mais de 30%, alcançando o primeiro lugar entre todos os países, aponta o último relatório da Administração Nacional de Propriedade.
O novo tipo de rede, que pode ser lançado por volta de 2030, segundo o Conselho de Estado do país asiático, deverá ter a capacidade de se conectar com dispositivos muito mais complexos, incluindo carros automatizados. Além disso, pode tornar realidade várias ideias da ficção científica, como se registrar ou apresentar imagens em três dimensões (hologramas) em tempo real ou veículos voadores.
O projeto de economia digital pró-6G da China marca seu mais recente movimento para assumir um papel de liderança no desenvolvimento de tecnologia móvel avançada, informa o South China Morning Post. De acordo com o jornal, desta forma Pequim planeja aumentar o apoio à pesquisa e desenvolvimento 6G e “participar ativamente no estabelecimento de padrões internacionais” para a tecnologia de comunicação móvel de sexta geração.
Apesar de defenderem o investimento na investigação científica desta nova tecnologia de ponta, vários especialistas destacam a necessidade de acordar as normas técnicas que suportarão as frequências, as modulações e as formas de onda da rede.
