A China pôs em órbita “o primeiro satélite com tecnologia 6G do mundo”, operado pela Universidade de Ciência Eletrônica e Tecnologia da China (UESTC), em Chengdu, na província de Sichuan. O equipamento tem como objetivo o sensoreamento remoto do solo, com foco em áreas como construção urbana, agricultura e monitoramento florestal, e foi lançado a bordo do foguete Longa Marcha 6.
O satélite experimental é um empreendimento conjunto entre essa universidade, que é a principal dessa especialidade do país, e a National Star Aerospace, empresa chinesa para o desenvolvimento de projetos aeroespaciais, conforme divulgou o jornal Sohu.
O satélite pesa 70 quilos e estabelecerá um link de transceptor para realizar testes de carga em terahertz. Será a primeira verificação técnica de comunicação terahertz testada em ambiente espacial, explicou o professor da Universidade, Xu Yangsheng, assinalando que essa, uma das tecnologias-chave no desenvolvimento de redes de sexta geração, é superior às demais e possui uma alta taxa de transmissão e perspectivas de aplicação importantes no campo da comunicação terrestre e espacial.
Prevê-se que as redes 6G sejam dez vezes mais rápidas do que as redes de quinta geração que, por sua vez,devem ser até dez vezes mais velozes do que as 4G, com conexões mais estáveis e consumo de energia 90% menor do que elas, segundo informou aemissora estatal de notícias CGTN (China Global Television Network).
A tecnologia vai integrar máquinas que utilizem o 5G, como celulares, notebooks, eletrodomésticos e veículos, permitindo o desenvolvimento de casas e cidades inteligentes, com a interligação de sistemas de iluminação pública, tráfego, transporte público, entre outros serviços.
A mensagem da Universidade revela que o satélite também terá algumas outras funções, incluindo observações remotas e monitoramento de desastres naturais.
