A China lançou na manhã desta quinta-feira (29) o primeiro módulo rumo à construção da sua própria estação espacial. Com 24 toneladas, enviada pelo foguete Longa Marcha 5B, este módulo será a base principal da estrutura da estação.
O evento foi comemorado por uma multidão no Centro de Lançamento Espacial Wenchang, na província de Hainan, sul da ilha tropical.
A montagem da Estação Espacial Chinesa (CSS) -Tiangong em chinês, “Palácio Celestinal” – é um momento aguardado durante quase trinta anos, quando foi vislumbrado o projeto em 1992. A construção durará mais de um ano.
Conforme o site de Space, depois que o módulo chegar ao espaço, a China planeja o lançamento de pelo menos dez das outras partes. As missões tripuladas e de carga completarão a montagem da CSS até o final de 2022. Assim se unirão à Estação Espacial Internacional (ISS), como estações em órbita.
Pelo menos 12 taikonautas – como são chamados os astronautas chineses – já estariam sendo treinados para pilotar, ir ao espaço e viver na estação, revezando-se em turnos de seis meses. Dezessete experimentos internacionais de microgravidade foram selecionados para estreá-la.
Quando estiver pronta, a CSS será composta de três módulos principais, em formato de T, e deve orbitar a Terra entre 340 e 450 km de altitude, semelhante à russa Mir.
O núcleo possui cerca de 17 metros de largura, chamado Tianwen-1 (harmonia dos céus). Os dois módulos experimentais medem 14,4 metros de largura cada um, denominados Wentian (busca dos céus) e Mengtian (sonhando com os céus).
Teanhe pode receber três astronautas que poderão permanecer na estação até seis meses. Os astronautas visitantes, assim como a carga, chegarão através dos módulos laterais. Tanto o centro como Wentian estão equipados com braços robóticos no exterior.
Mengtian tem uma câmara de descompressão para a manutenção e reparação de experimentos montada no exterior da estação. Existem cinco portões de atracação em Tianhe. Servem para que, havendo desejo ou necessidade, a estação seja ampliada no futuro.
A CSS poderá funcionar entre 10 e 15 anos. “Não temos nenhuma intenção de competir com a ISS em termos de escala”, declarou Gu Yidong, cientista do programa espacial chinês, enfatizando que o objetivo é suprir as necessidades do gigante asiático.
A primeira estação espacial foi lançada pela União Soviética, Salyut 1, há 50 anos.
