A China ofereceu ao Comitê Olímpico Internacional (COI), nesta quinta-feira (11), uma provisão adicional de vacinas contra o coronavírus para atletas e equipes, para garantir a disputa dos jogos de Tóquio 2020 e também aos de inverno de Pequim 2022.
Conforme o presidente do COI, o alemão Thomas Bach – reeleito para os próximos quatro anos -, a oferta foi ampliada aos atletas paraolímpicos de ambos os jogos. A oferta ajudará a realizar uma edição mais segura, afastando boatos sobre o cancelamento da Olimpíada.
“Somos muito gratos por esta oferta da China, que é uma demonstração do verdadeiro espírito olímpico da solidariedade”, declarou Bach. De acordo com o dirigente, o COI “vai pagar por doses extras” para os atletas olímpicos e paraolímpicos.
A Olimpíada terá início no dia 23 de julho. E os Jogos de Inverno estão marcados para começar em fevereiro de 2022. Na avaliação da comunidade esportiva, o anúncio vai acelerar o processo de vacinação no Japão, que se encontra bastante atrasado, pois iniciou somente em fevereiro.
Bach prometeu também doses para o público em geral. “O COI vai pagar por duas doses extras, que poderão ser disponibilizadas para a população de cada país, de acordo com suas necessidades”, informou o presidente, frisando que a distribuição será feita por meio de agências internacionais ou de acordos de vacinação dos países com a China.
Atuando por meio das empresas Sinovac e Sinopharm na chamada diplomacia da vacina, a China já prometeu meio bilhão de doses da vacina para mais de 45 países nas últimas semanas.
Na contramão, a ministra japonesa para a Olimpíada, Tamayo Marukawa, disse não ter sido consultada sobre o uso das vacinas chinesas, que não estão aprovadas para serem utilizadas no Japão e que seus atletas não participarão da parceria. “Temos tomado medidas abrangentes contra doenças infecciosas para os Jogos de Tóquio, a fim de permitir a participação sem vacinas”, disse Marukawa.