O ex-governador Ciro Gomes (PDT) afirmou, em vídeo publicado no último fim de semana, que o país está sendo governado por uma pessoa doente. “Para entender o Bolsonaro, nós precisamos entender a psicologia de um homem doente, quase doente”, disse Ciro.
“O Bolsonaro tem ódio ao estamento militar. Mas ele foi expulso dali. Ele quebrou a hierarquia. Ele falou contra os seus superiores e ele está estabelecendo uma espécie de vindita”, acrescentou.
“Se você quiser entender o Bolsonaro, você vai vendo várias coisas. Por que o Bolsonaro tem esse ódio anti-intelectual? É porque ele é curto. A capacidade de raciocínio dele em abstrato é quase um burro, é quase um jumento. É um imbecil mesmo. E aí ele tem ódio aos letrados, ele tem horror a isso”, apontou Ciro Gomes.
Ciro falou também sobre a proposta do governo para a Baía de Angra, no Rio. “Por que Bolsonaro quer transformar a Baía de Angra dos Reis numa nova Cancun. É porque ele foi multado pescando ilegalmente lá. Ele tem horror à questão ambiental”, explicou o ex-governador, acrescentando que “essa coisa do gay. Faz piada com o tamanho do pênis dos orientais”. “Ele não tira isso da cabeça. Isso tudo é um problema de armário”, concluiu Ciro.
Na segunda-feira (27), em Recife, Ciro afirmou que não visitaria Lula na prisão, mesmo que ele pedisse.
O presidente do PDT, Carlos Lupi, visitou Lula na quinta-feira passada (23). Ciro foi questionado se não esteve presente também porque guardava mágoa depois do processo eleitoral passado quando foi atacado pelo petista.
“Que mágoa, amigo? Eu faço política. Ele [Lula] que pediu ao Lupi para ir. Não pediu a mim para ir não, embora, se pedir, eu não vou mais”, respondeu.
Em debate na Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), Ciro disse Bolsonaro é ultradireita. “Uma coisa é a direita. A direita tem uma percepção das coisas que o Bolsonaro choca também. O bolsonarismo não é propriamente direita. É ultradireita”.
Para Ciro, Bolsonaro “é fascismo no seu estado mais bruto”.
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