O ex-governador do Ceará e pré-candidato à Presidência pelo PDT, Ciro Gomes, afirmou que “o que Bolsonaro e Guedes planejam com essa absurda política de preços dos combustíveis é nada menos que a privatização da Petrobrás”.
“Nos preparemos como brasileiros para evitarmos esse crime. É hora de todos nós abrirmos uma luta em todas as frentes para evitar isso, e gritarmos batendo no peito que ‘o petróleo é nosso, a Petrobrás é nossa, queremos eles de volta!’”, disse Ciro em um vídeo publicado em suas redes sociais.
Ciro Gomes explicou o plano de Jair Bolsonaro e Paulo Guedes: “de um lado, tornar a Petrobrás queridinha dos mercados internacionais; de outro, torná-la antipática ao povo brasileiros”.
Foi para isso “que eles adotaram essa política assassina de cobrar o preço dos combustíveis atrelado ao dólar. [Bolsonaro e Guedes] Querem dar a falsa impressão de que a Petrobrás é inútil e incapaz de funcionar como um escudo de proteção ao bolso e ao bem-estar das brasileiras e dos brasileiros”, continuou.
“O que eles querem é que, aos poucos, esse falso sentimento de inutilidade se transforme em sentimento de antipatia e quebre o elo de amor, orgulho e afeição que sempre ligou o povo brasileiro à Petrobrás”.
“[Querem] Passar a falsa ideia de que a Petrobrás não tem condição de conter os preços e de produzir derivados melhores e mais baratos do que o produto estrangeiro”, argumentou.
O ex-governador disse que o plano já avança enquanto vendem “refinarias e subsidiárias por preços escandalosamente baixos, em uma das roubalheiras mais silenciosas já praticadas neste país”.
“A entrega criminosa das nossas riquezas vai avançar mais, com leilões improvisados de lotes do pré-sal e uma série de artimanhas que vai terminar na venda da Petrobrás”, avaliou Ciro.
“Ou seja, querem negar toda a história e sentido da Petrobrás, sua capacidade de nos dar autonomia em petróleo e derivados, de garantir combustíveis bons e baratos”.
“Querem, inclusive, ir na contramão do mundo, pois praticamente todos os países produtores de petróleo estão reforçando o poder de fogo de suas estatais de óleo e gás. Mas os traidores da nossa Pátria estão fazendo exatamente o contrário, porque querem continuar enchendo os bolsos deles e empobrecendo o Brasil”, concluiu.
A política de preços escolhida por Jair Bolsonaro e Paulo Guedes, chamada Paridade de Preço de Importação (PPI), faz com que todo o combustível produzido no Brasil tenha o mesmo preço do importado. Dessa forma, cobra-se dos brasileiros a variação do preço internacional do barril de petróleo e do dólar, enquanto o custo de produção da Petrobrás continua o mesmo.